Portal de Eventos do IFRS, 7º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT)

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Experimentação em química: possibilidades para a formação integral
Raissa Silva de Sá, Patricia Anselmo Zanotta, Daniele Vanzin Colembergue da Cunha Vanzin

Última alteração: 14-12-2018

Resumo


O processo de ensino-aprendizagem é continuamente estudado, pois os sujeitos envolvidos (alunos e professores) estão sempre em transformação devido às mudanças de suas características e realidades. O projeto de pesquisa “Experimentação em química: possibilidades para a formação integral” tem como objetivo geral compreender as potencialidades e limites para promover a formação integral através da experimentação em Química.  Este projeto assume os princípios do Educar pela Pesquisa, que considera todos os sujeitos envolvidos como autores da própria aprendizagem, através de processos recursivos e dialógicos que buscam a compreensão dos fenômenos químicos relativos a cada um dos experimentos. A metodologia de produção de informações consiste no registro reflexivo em diários de campo pelos bolsistas e orientadoras acerca dos experimentos, que no primeiro momento foram sugeridos e pesquisados pelos bolsistas, e posteriormente, foram desenvolvidos com alunos das turmas regulares dos cursos integrados do IFRS- Rio Grande. Os resultados do projeto estão sendo reunidos num manual de aulas práticas de Química, contendo além de tradicionais roteiros, também a identificação de potencialidades e limites acerca da formação integral pela experimentação. Um dos experimentos apresentados neste manual é o do “Camaleão Químico” que oportunizou o estudo das reações de oxirredução, pela visualização da alteração da cor da solução quando o número de oxidação (NOX) de um elemento participante se altera. Neste caso, o manganês inicialmente presente com NOX +7, na forma de permanganato de potássio (cor violeta), sofreu redução a partir da adição de solução concentrada de hidróxido de sódio em presença de glicose, ocorrendo a variação da coloração para verde devido à formação de íons manganato (manganês com NOX +6), seguida da cor marrom em virtude da formação de óxido de manganês II (manganês com NOX +2), e finalmente chegando à coloração avermelhada resultante da presença de cátions Mn3+. A análise dos registros reflexivos permitiu a identificação do favorecimento da formação integral dos alunos, pela expressão do desenvolvimento de saberes específicos da química, tanto conceituais como procedimentais do laboratório, bem como pela contextualização destes saberes através da relação estabelecida com aplicações cotidianas das substâncias utilizadas no experimento. Dentre os limites observados, percebeu-se que as aprendizagens dos bolsistas que participaram do processo de pesquisa do experimento foram mais significativas do que as aprendizagens dos alunos que receberam o roteiro pronto, e como alternativa para superar essa dificuldade, sugere-se que seja solicitado também aos alunos das turmas regulares a pesquisa inicial dos procedimentos práticos.



Palavras-chave


Educar pela pesquisa; Reações de oxirredução; Aprendizagem

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