Portal de Eventos do IFRS, 7º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT)

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Seleção de porta-enxertos de videira resistentes à fungos causadores de doenças de tronco
Jamerson Fiorentin, Chiara Muttin, Clarielzi Cristina Velho, Daniel Santos Ghros, Neide Almeida de Paula, Marcus André Kurtz Almança

Última alteração: 14-12-2018

Resumo


As doenças de tronco da videira (DTV’s), como Esca, doença de Petri, Pé-preto e Podridão descendente, têm grande importância na viticultura brasileira e estão associadas ao complexo declínio e morte de videiras. Tal complexo é de difícil manejo e rápida disseminação, sendo uma medida de controle à obtenção de plantas resistentes à infecção dos fungos causadores de DTV’s. Este estudo teve como objetivo adequar um método para seleção inicial de cultivares de porta-enxertos de videira resistentes a fungos causadores de DTV’s. Foram utilizados isolados de fungos causadores de DTV’s, Phaeoacremonium sp., Phaeomoniella chlamydospora, Ilyonectria liriodendri, pertencentes à micoteca do Laboratório de Fitopatologia/IFRS-BG. Os inóculos dos isolados foram produzidos em placas de Petri contendo meio BDA (batata-dextrose–ágar). Para os ensaios, foram utilizadas 10 plantas (mudas) do cultivar de porta-enxerto 1113-41, pertencentes ao banco de germoplasma da Embrapa Uva e Vinho. Foram utilizadas três plantas para cada fungo, além da testemunha. Para a inoculação realizou-se ferimentos no caule das plantas de aproximadamente 0,5 cm. A seguir, foram inoculados nos ferimentos pedaços de meio de cultura BDA, contendo as estruturas (hifas e esporos) dos fungos. A testemunha foi inoculada somente com meio BDA. As plantas foram mantidas na casa de vegetação, em bandejas com lâmina de água de 0,5 cm por 90 dias. As avaliações foram realizadas após este período, sendo feito o registro fotográfico dos sintomas internos (escurecimento) e reisolamento dos fungos (a partir do ponto de inoculação) em meio de cultura BDA. Foram retirados quatro fragmentos do entorno do ferimento de cada planta e colocados em placa de Petri contendo BDA. As placas foram mantidas em câmara do tipo B.O.D. com fotoperíodo de 12h e temperatura de 26 ±1ºC, e o crescimento dos fungos foi observado por 30 dias. Com relação aos sintomas internos, não foi observado escurecimento nas plantas testemunha e do fungo I. liriodendri. Nos demais fungos foi observado sintoma de escurecimento a partir do ferimento. Nos resultados de reisolamento, nas plantas testemunha e nas inoculadas com o fungo I. liriodendri não houve crescimento fúngico. Nos fungos P. chlamydospora e Phaeoacremonium sp., o reisolamento foi em 100% dos fragmentos. Esses resultados preliminares, indicam uma possível reação de resistência do genótipo 1113-41 ao fungo I. liriodendri. Entretanto, o projeto ainda está em andamento e novos ensaios com diferentes genótipos de porta-enxerto e com novos patógenos, como Botryosphaeria spp. e Neofusicocum spp. (causadores de Podridão descendente), serão realizados.

Palavras-chave


Podridão descendente; Doença de Petri; Pé-preto

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