Portal de Eventos do IFRS, 7º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT)

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Pós-colheita e produção de diferentes cultivares de amoreira-preta (Rubus sp.)
Jéssica Luana Freitas, Luan Arthur Haas Bolkenhagen, Felipe Floriano Motta, Gilberto Luiz Putti

Última alteração: 14-12-2018

Resumo


A produção de amora-preta tem atraído pequenos produtores devido ao alto valor comercial dos frutos e rusticidade da cultura, o que permite produção em sistema agroecológico, tendo, assim, redução de custos. Com a expansão da cultura e tendo em vista o potencial da região dos Campos de Cima da Serra, sendo Vacaria-RS o principal polo de produção, o presente trabalho tem por objetivo identificar a cultivar que apresenta a maior relação entre acidez e açúcar no período de pós-colheita, característica esta que mostra o maior equilíbrio no sabor da fruta e, consequentemente, maior aceitação dos consumidores, além de uma boa produtividade. Diante disso, analisou-se a produção por hectare, a relação entre sólidos solúveis totais (SST, medido em ºBrix) e a acidez titulável total (ATT, medida em porcentagem de ácido cítrico) no dia em que o fruto foi colhido, cinco e sete dias após a colheita das principais cultivares plantadas na região, Cherokee, Guarani, Tupy e a BRS Xingu. O pomar conduzido em sistema de cultivo orgânico está localizado no IFRS – Campus Vacaria. Possui delineamento experimental em blocos casualizados, com três repetições de dez plantas de cada cultivar em cada repetição, espaçamento de 0,6 m entre plantas e 3,5 m entre linhas. A cultivar Tupy foi a mais produtiva, com 21,47 toneladas por hectare, seguida pela BRS Xingu com 19,8 ton/ha, depois a Cherokee, com 15,31 ton/ha, e a Guarani foi a que apresentou menor produtividade, 11,12 ton/ha. No primeiro dia a cultivar Tupy (9,31) apresentou a melhor relação entre acidez e açúcar, seguida pela BRS Xingu (7,66) e a Cherokee (7,93), que apresentaram estatisticamente a mesma relação e a cultivar Guarani (6,3) apresentou menor relação. Cinco dias após a colheita, estatisticamente, todas as cultivares apresentaram a mesma relação. Uma semana após a colheita a cultivar Tupy (9,96) apresentou maior relação, seguida pela Cherokee (9,52) e BRS Xingu (9,32) e a Guarani (7,69) com a menor relação. A Tupy foi a cultivar que apresentou maior produtividade e relação STT/ATT entre todas as cultivares testadas no experimento realizado na safra de 2017/2018. Para aumentar a confiança dos dados será realizado novamente o experimento no ciclo produtivo 2018/2019.


Palavras-chave


Rubus sp; Pós-colheita; Sistema agroecológico; Amora-preta; Campos de cima da Serra

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