Última alteração: 28-02-2019
Resumo
Lixo Eletrônico é todo resíduo produzido pelo descarte de equipamentos eletrônicos e o Brasil produz anualmente 1,5 mil toneladas, sendo o sétimo maior produtor do mundo. Apenas 3% desse montante é despejado adequadamente, o que preocupa, já que a composição química do descarte é tóxica ao meio ambiente e sua decomposição pode trazer muitos prejuízos à saúde. Com o elevado uso de equipamentos eletrônicos no mundo, este tipo de lixo tem se tornado um grande problema ambiental quando não descartado em locais adequados. A partir desta problemática, foi criado projeto no Campus Sertão, cujo objetivo é conscientizar a comunidade sobre o problema e, orientar para o adequado descarte. Dentre as ações do projeto consta a aplicação de jogos educativos, confecção de arte com sucata eletrônica, exposições e mutirões. Nos mutirões, realizados anualmente, em parceria com a Prefeitura, tem-se pontos de coletas no Campus e nas escolas. São arrecadados materiais obsoletos ou sem uso, que são encaminhados à empresa Recycle (parceira do projeto), que se responsabiliza pela adequada destinação ambiental. Neste ano, arrecadou-se 5.031 quilos de e-lixo. Também são feitas doações de equipamentos que ainda funcionam, para pessoas que querem ou não tem condições de comprar. O projeto conta com seis jogos: E-Bingo, Coleta Radical, Coleta Maluca, Para & Separa, Memória Seletiva e CDescartando. O principal objetivo é incentivar a comunidade a aprender sobre a problemática do descarte do lixo de forma dinâmica e lúdica. Outra ação são oficinas de arte com sucata eletrônica, cujo objetivo é demonstrar à comunidade, possibilidades de reutilização de materiais não-tóxicos, como por exemplo: teclas, memórias, disquetes e CDs. Além disso, os equipamentos que tiveram um papel relevantes na história são separados para compor o E-Museu, que é itinerante e foi criado em 2016. O acervo tem cerca de oitenta itens, proporcionando aos visitantes uma experiência e conhecimentos novos, inclusive para possuidores de deficiência visual e síndrome de Down. Os itens são catalogados através de uma ficha, contendo: preço, origem, data de fabricação, entre outros. Os visitantes do E-Museu registram presenças em um Livro e mostram muito interesse, principalmente quando encontram equipamentos que nunca tiveram oportunidade de conhecer. Conclui-se que a participação da comunidade tem sido bastante efetiva, alçando um público de aproximadamente 4.000 pessoas entre 2014/2018 em todas as ações. A partir de dados levantados no projeto, pode-se perceber que a comunidade está tornando-se mais consciente e preocupada com o meio ambiente.