Portal de Eventos do IFRS, 5º Seminário de Educação Profissional e Tecnológica (SEMEPT)

Tamanho da fonte: 
Análise e discussão da questão do racismo e dos padrões de beleza a partir dos curtas-metragens “Cores e Botas”(2010) e “Vista Minha Pele”(2003).
Caroline Roza Santos

Última alteração: 09-01-2019

Resumo


Este trabalho faz parte do projeto de ensino “Cine Diversidade: reflexão e debate sobre questões de gênero, diversidade sexual e diversidade étnico-racial”, no qual serão desenvolvidas sessões de exibição de produções audiovisuais que abordam os temas: Machismo, Homofobia e Racismo, proporcionando espaço para o debate e reflexão sobre os mesmos. O ambiente escolar permite o contato com a diversidade, por isso torna-se importante a proposta de realizar reflexão e discussão sobre estas questões junto com a comunidade escolar. O trabalho aqui proposto consiste na exibição e subsequente discussão de dois curtas-metragens brasileiros:  “Cores e Botas” (2010), da diretora Juliana Vicente, e “Vista Minha Pele” (2003) do diretor Joel Zito Araújo, para a partir dessas produções audiovisuais refletir sobre alguns aspectos relacionados ao racismo e padrões de beleza relacionados à cor da pele, junto aos estudantes dos cursos integrados do Campus Alvorada. O curta “Cores e Botas” conta a história de Joana, uma menina que sonha em ser paquita, mas acaba tendo que enfrentar muitos obstáculos no caminho apenas por ser negra e não ter aparência considerada “necessária” para ser paquita. Após ser reprovada em um teste para se tornar a nova paquita da Xuxa, Joana recebe muito apoio de seus pais, ela acaba por perceber um novo talento e percebe que não precisamos nos encaixar nos padrões, mas sim olhar por outro ângulo da vida para aceitar a nós mesmos. Já o curta “ Vista Minha Pele” mostra uma versão invertida da sociedade brasileira. Nesta história, os negros possuem os privilégios de classe socialmente dominante e os brancos sofrem toda forma de opressão, exclusão decorrente da escravização. A história gira em torno de Maria, uma menina branca e pobre, que estuda num colégio particular, onde sofre preconceito e hostilidades por causa de sua condição social e étnica. Após a exibição do filme será aberto espaço para discussão em que os espectadores serão provocados à reflexão por uma conversa e, também, por perguntas. Os resultados esperados neste trabalho são: gerar reflexão do público para que reflitam se as pessoas negras, principalmente, mulheres e meninas negras sentem-se e são representadas na mídia e outras esferas. E, também, refletir sobre os padrões de beleza impostos pela mídia e o problema da invisibilização étnico-racial. Levar os estudantes à reflexão sobre o assunto tratado no curta e proporcionar a discussão sobre o quanto e como os negros são representados na mídia.


Palavras-chave


Racismo; produção audiovisual; padrões de beleza

Texto completo: PDF