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Apesar de pouco se ver a prática do handebol como hábito em momentos de lazer, e de seus jogos não serem transmitidos pelas emissoras de televisão com canais abertos, a modalidade é bem conhecida no Brasil. Caracterizado como um esporte de invasão, o handebol está no rol de conteúdos da Educação Física escolar (EF). Contudo, um diagnóstico realizado com os alunos dos primeiros anos do Ensino Médio Integrado (EMI), no Campus Osório do IFRS, durante as aulas de EF, apontou para importantes lacunas de aprendizagem relativas às práticas corporais sistematizadas, dentre elas, o handebol. Esse fato justificou a criação de uma oficina dessa modalidade esportiva no interior do laboratório de práticas corporais: projeto de ensino que abriga diversas oficinas relacionadas aos conteúdos da Educação Física. A oficina adota como pressuposto teórico e político o reconhecimento da qualidade de vida como requisito para a vivência corporal plena, as práticas corporais como linguagem e a escolarização como tempo de vivência de direitos, dentre outros. Como objetivo visa oferecer aos estudantes do Ensino Médio Integrado (EMI) espaço e tempo institucionalizado para conhecer, aprender e experienciar essa prática corporal. Metodologicamente faz uso de uma abordagem alicerçada nas diretrizes da Política de Educação Física, Esporte e Lazer do IFRS, prioritariamente, no que se refere ao princípio educativo-formativo; se materializa no oferecimento de dois encontros semanais no contraturno das aulas regulares e é ministrada por uma estudante voluntária no projeto sob supervisão de um professor de EF. A relevância da aprendizagem dessa prática corporal se destaca na medida que oportuniza aos estudantes novas formas de relacionar-se com os outros e consigo mesmo. Um dos exemplos possíveis, nesse sentido, é a criação das equipes de handebol, masculina e feminina, para representar o campus nos Jogos do IFRS. Para a maioria uma experiência extremamente significativa. Considera-se, dessa forma, que o que a oficina oferece não é nem simples princípio nem mera experiência, mas uma forma de relacionar-se reflexivamente com o mundo humano requerendo o estabelecimento de uma relação entre os dois. Acredita-se, assim, que a oficina de handebol vem contribuindo, significativamente, para a socialização e integração dos estudantes, logo, contribuindo com os esforços institucionais para a permanência e êxito.

Práticas corporais; Experiências; Educação; Educação Física Escolar.