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Racismo e resistência a partir do cine diversidade no IFRS Campus Alvorada
kaua gabriel rodrigues calisto, Luciane Mendonça

Última alteração: 18-12-2024

Resumo


O trabalho faz parte do projeto de ensino “Cine Diversidade: gênero, sexualidade e diversidade étnico-cultural”, no qual são desenvolvidas sessões de exibição de produções audiovisuais que abordam temas relacionados ao machismo, homofobia e racismo, proporcionando espaços para debates sobre os mesmos. Em uma de nossas reuniões, discutimos sobre intolerância, transfobia e saúde mental também, achamos que seria importante juntar 3 temas muito relevantes que são, o samba no Brasil, as religiões de matrizes africanas, e o racismo. No dia 29 de julho, apresentamos uma sessão que foi especialmente significativa, pois celebramos o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, data que nos convoca a reconhecer e valorizar as contribuições das mulheres negras em nossa sociedade. O curta-metragem "Samba às Avessas" da atriz, cantora e compositora portoalegrense Pâmela Amaro foi o escolhido para exibição. O curta-metragem não apenas retrata a rica cultura brasileira através da música e da dança, mas também aborda as lutas e conquistas das mulheres negras, destacando suas vozes e experiências. O filme serve como um poderoso veículo para discutir a identidade, resistência e a busca por reconhecimento. Após a exibição, realizamos um debate com a presença da professora Giselle Maria do IFRS Câmpus Alvorada que também é pesquisadora de literatura afro latinoamericana de expressão feminina e com dona Vera, da ONG Onédes da Silva, que atua nas áreas cultural, educativa e de promoção da igualdade racial e de gênero. No debate a professora Giselle contextualizou o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha como uma data de luta e enfatizou como o "Samba às Avessas" provoca reflexões sobre as intersecções entre raça, gênero e cultura. Dona Vera, com sua vivência e sabedoria, compartilhou suas histórias pessoais relacionadas ao samba, religiosidade e à luta das mulheres negras. Sua participação trouxe uma perspectiva autêntica e emocional ao debate, permitindo que os participantes se conectassem profundamente com o tema abordado no filme.  Maluza Gonçalves, também contribuiu para o debate, nos enviando um vídeo de como o samba foi e é muito importante na vida dela; também recebemos um vídeo da Rosemar Silva, uma estudante do curso superior em produção multimídia que participou como assistente de arte do curta Samba as Às avessas, onde ela contou como foi participar do filme e compartilhou suas experiências. A partir dessa exibição nós como estudantes vimos que surgiram algumas pessoas que se deram conta do racismo sofrido em função da forma como as questões foram debatidas. Isso tudo evidencia a importância de convidarmos pessoas conhecedoras do tema para as discussões e a importância desse assunto ser colocado em pauta num espaço escolar.

Palavras-chave


Racismo;Mulheres;Samba.

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