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Biometria e análises fitoquímicas dos frutos de Rubus sellowii Cham. e Schl. (amora-preta)
Samara Assunção Antunes, Juliana Marcia Rogalski, Talissa Baroni, Angela Julia Dorn, Fabrício Fiebig de Paz, Maisa Naeher, Rafael Sinhor, Eduardo Bedin Pasquetti, Denise Bilibio

Última alteração: 28-12-2024

Resumo


O subarbusto Rubus sellowii Cham. e Schl. (amora-preta), pertence à família Rosaceae, é nativo do Brasil, com ocorrência nas regiões Sul e Sudeste. Informações sobre essa espécie são praticamente inexistentes. O objetivo deste estudo foi avaliar a biometria dos frutos e quantificar os parâmetros físico-químicos (pH, acidez total titulável e sólidos solúveis totais), os compostos fenólicos, o potencial antioxidante e o ácido ascórbico (vitamina C) dos frutos. Os frutos foram coletados in situ em cinco plantas, no município de Getúlio Vargas (RS). A massa foi determinada utilizando balança de precisão, em gramas, e as medições de biometria (comprimento e diâmetro) foram realizadas com paquímetro digital, em milímetros, sendo ambas avaliadas por estatísticas descritivas (média ± intervalo de confiança). O pH foi avaliado por leitor de bancada, a acidez titulável (%) por volumetria, e os sólidos solúveis com refratômetro portátil. Os compostos fenólicos (fenóis e flavonoides) foram analisados pelos métodos de Folin-Cicateau e curva de catequina, respectivamente. Os fenóis foram expressos em gramas (g) de ácido gálico equivalente (AGE) e os flavonoides em gramas de catequina equivalente (CE), ambos em 100 g de fruto. O potencial antioxidante foi avaliado através do sequestro dos radicais livres DPPH e ABTS, sendo expressos em percentual de inibição (%). A vitamina C foi determinada utilizando iodeto de potássio (KI) e expressa em porcentagem de ácido ascórbico (%). A biometria revelou frutos pequenos para R. sellowii, apresentando, em média, 9,9 ± 0,49 mm de comprimento, 9,7 ± 0,46 mm de diâmetro, e massa média de 0,76 ± 0,2 g. O pH médio dos frutos foi de 3,15 ± 0,14 e a acidez titulável média foi de 24,54 ± 0,04%. O teor de sólidos solúveis foi de 8,9 ± 0,6%, valor semelhante a R. fruticosus cv. Tupi (8 a 10%). Os frutos de R. sellowii apresentaram 0,097 g de AGE e 0,040 g de CE, valores inferiores a R. adenotrichus Schltdl para fenóis (2,923 g de AGE) e flavonoides (0,526 g de CE). O potencial antioxidante foi alto, sendo de 75,97% para DPPH e de 56,65% para ABTS. R. erythroclados mostrou valor superior para DPPH (96,40%) e similar para ABTS (54,5%). O percentual médio de vitamina C foi de 18,7%, superior a R. fruticosus cv. Tupi (15,2%) e R. erythroclados Mart. ex Hook.f. (11%). Ao relacionar teores de compostos fenólicos, com DPPH e ABTS, verifica-se elevado potencial antioxidante em seus frutos. Ademais, considerando os elevados teores de açúcares pode-se observar que os frutos são indicados para consumo in natura ou para processamento. Assim, os frutos de R. sellowii apresentaram potencial promissor para uso alimentar e medicinal.


Palavras-chave


Frutos nativos; Pequenos frutos; Potencial antioxidante.

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