Os problemas relacionados aos resíduos sólidos são um tema frequente, porém pouco conhecido, na sociedade brasileira. Em resposta a isso, o projeto de ensino “Recicloteca: estimulando a criatividade e a consciência ambiental” desenvolveu uma oficina com o objetivo de conscientizar os estudantes e criar uma nova perspectiva sobre materiais que, frequentemente, são vistos como “lixo” e considerados sem utilidade. Nas atividades do projeto Recicloteca, foram realizadas ações que combinam ensino, pesquisa e extensão. No contexto do ensino, explorou-se a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), discutindo descobertas e preocupações em grupo para ampliar a compreensão e refletir sobre práticas ambientais. Inicialmente, aplicou-se um questionário aos membros do projeto sobre reciclagem, visando avaliar o conhecimento prévio e identificar áreas que precisavam de mais esclarecimento. Depois, foi organizada uma  oficina, com o intuito de informar sobre resíduos sólidos, reciclagem e legislação ambiental. As inscrições foram abertas para todas as turmas do IFRS câmpus Alvorada. A oficina, que ocorreu ao longo de três dias em uma semana, teve uma carga horária total de 12 horas e utilizou materiais como papelão, pincéis, tintas, papéis, tesouras e barbantes. Participaram 15 estudantes dos cursos técnicos em Meio Ambiente e Produção de Áudio e Vídeo integrados ao ensino médio. Iniciou-se com uma atividade introdutória, em que os participantes construíram torres de papel e fita, competindo para ver quem conseguia fazer a torre mais alta e equilibrar uma bolinha de papel na ponta. Após essa atividade, foi realizada uma apresentação que  abordou temas como resíduos sólidos, coleta seletiva e os 3 R’s (reduzir, reutilizar, reciclar). Depois, os participantes iniciaram a atividade prática, criando máscaras com os materiais disponíveis para se representarem conforme sua visão pessoal, incorporando características que apreciavam ou não. Nos intervalos, os estudantes se organizavam em grupos para conversar e compartilhar experiências. Os dois primeiros dias foram dedicados à confecção das máscaras e, no terceiro dia, houve uma roda de conversa onde cada participante apresentou e explicou sua criação. Durante a confecção das máscaras, foi possível observar uma interação significativa entre os participantes, muitos dos quais não se conheciam previamente. Muitos compartilharam suas inseguranças e gostos pessoais, enriquecendo a experiência. Foi disponibilizado um caderno para que os participantes registrassem suas impressões sobre a oficina e o que aprenderam. O retorno foi bastante positivo, tanto pela condução da oficina quanto pelas apresentações das máscaras. A oficina foi muito enriquecedora, proporcionando uma oportunidade de reconectar os alunos com o ambiente escolar e oferecendo um momento de integração e alívio em meio à adversidade. A participação na organização e execução dessas oficinas foi de grande relevância para nossa formação enquanto técnicos em meio ambiente, permitindo-nos ampliar o conhecimento e atuar de maneira prática na área.