Portal de Eventos do IFRS, 9º SALÃO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO DO IFRS

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Abordagens proativas para o manejo de biótipos de azevém resistentes a herbicidas inibidores da enzima ACCase
Gabriel Rosanski Balico, Anderson Luis Nunes, Millena Cirino Rodrigues, Alisson Matias Hahn, Wallace Santini, Roberto Saggin Visoto

Última alteração: 17-12-2024

Resumo


O azevém (Lolium multiflorum) é a principal planta daninha predominante nas culturas de cereais de inverno, no Rio Grande do Sul, resultando em significativas perdas de produtividade. O surgimento de biótipos de azevém resistentes a herbicidas que inibem a enzima ACCase, torna o controle em pós-emergência cada vez mais desafiador. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo científico identificar biótipos de azevém resistente aos herbicidas inibidores de ACCase. No que diz respeito ao ensino, o objetivo é envolver os alunos do Curso de Agronomia nas atividades científicas e de extensão, por meio das disciplinas de Experimentação Agrícola, Ecofisiologia de Plantas Daninhas e de Controle de Plantas Daninhas, todas elas ministradas pelo coordenador do projeto. Com relação à extensão o objetivo foi alertar a comunidade agrícola por meio de dias de campos, redes sociais e palestras sobre como evitar a ocorrência de biótipos resistentes ou como manejá-los, caso a resistência já tenha sido identificada. Os experimentos foram conduzidos em ambiente climatizado em vasos de 250 ml, preenchidos com nitossolo vermelho. Também foi implantado experimentos a campo nas cidades de Vacaria/RS e Campos Novos/SC, os tratamentos foram conduzidos com timing 1 (2 a 4 folhas) e timing 2 (3 a 4 perfilhos) em parcelas de 6,0 m x 4,0 m. Para a implantação do dia de campo, foram feitas 136 parcelas de 30 m², com aplicações em pré e pós-emergência. Todas as aplicações foram feitas seguindo o volume de calda de 150 L ha -1. Durante os experimentos foi avaliada a suscetibilidade de diferentes biótipos de azevém aos herbicidas inibidores da ACCase. Além disso, é fundamental implementar mudanças nas práticas de manejo nessas áreas para evitar perdas na produtividade. Ao identificar um potencial biótipo resistente aos inibidores da ACCase, foi realizada uma intervenção no local no sentido de evitar a dispersão dessas sementes para novas áreas e conter a dispersão deste tipo de resistência, com controles alternativos por meio de herbicidas inibidores do FSI, FSII e glutamina sintetase, além do uso de pré-emergentes como bixlozone, pyrozsaulfone, trifularina e s-metolacloro. O timing 1 (2 a 4 folhas) resultou em melhor controle em relação ao timing 2 (3 a 4 perfilhos). Com a obtenção desses dados foi apresentado para acadêmicos do curso de agronomia e para a comunidade agrícola, através do dia de campo, palestras e redes sociais. Conclui-se, que o timing de aplicação e herbicidas com diferentes mecanismos de ação são fundamentais para a erradicação de biótipos de azevém resistentes, e para manter a viabilidade do uso de herbicidas no manejo de plantas daninhas, por meio de ações de ensino, pesquisa e extensão.

 


Palavras-chave


Lolium multiflorum; Resistência; Pinoxaden

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