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Este projeto de extensão, trata-se da oferta de um curso de Formação Inicial e Continuada (FIC), Qualificação Profissional - Operador de Computador – na forma concomitante ao Ensino Fundamental na Educação de Jovens e Adultos (EJA),sem fomento e que ocorre em parceria com o Instituto Estadual de Ensino Fundamental Milton Pacheco no campus Osório – RS. Nessa parceria, a escola Milton Pacheco se mantém responsável pela parte básica do currículo dos Anos Finais do Ensino Fundamental e três professores e uma pedagoga do Curso Técnico de Informática assumiram a complementação curricular com a parte técnica. Até o final do ano os estudantes cursarão 200 horas técnicas no campus, os encontros ocorrem em um laboratório de informática, às quartas-feiras, à noite. Para auxiliar os estudantes em dificuldades pontuais, o projeto conta com um voluntário, estudante do 3º ano de Informática. Além disso, os estudantes da EJA têm recebido o mesmo lanche que é entregue aos estudantes cursos do Ensino Técnico do IFRS, a partir de demanda acolhida pela assistência estudantil em meio à redistribuição de insumos. É importante ressaltar que esse projeto, em fluxo contínuo, visou não romper a parceria efetivada para a oferta em 2022, quando houve Edital específico e financiamento. Desse modo, representa o esforço e a vontade política de manter a EJA FIC Operador de Computador, por parte da equipe do campus que estava compromentida com os estudantes e com a escola parceria. Iniciaram o curso, neste ano, 23 estudantes, porém, 11 evadiram. Esse percentual de 50% de evasão, segundo a escola parceira, pode ser considerado positivo, pois quando a parte técnica não era ofertada a desistência chegava a 80%. Além disso, esses 12 estudantes que se mantém firmes na EJA, com idades entre 16 e 60 anos, são assíduos. Eles têm processos de aprendizagens diferenciados, porém, exitosos e demonstram estarem cheios de expectativas para a ocupação de postos de trabalho melhores, após a conclusão do curso. Além disso, vários estudantes da EJA têm manifestado a vontade de retornar ao IF no futuro para fazerem outros cursos, para aprenderem mais sobre a área da informática. Diante disso, podemos afirmar que, mais do que proporcionar um plus na formação, a acolhida no campus desses estudantes da EJA contribui para a democratização do ensino gratuito e de qualidade com grupos de jovens e adultos, até então, não atingidos no município.

Educação de jovens e adultos; Qualificação profissional; Ensino fundamental