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O projeto de ensino IFMUNdi, ao longo dos últimos sete anos, tem se dedicado à promoção de simulações de reuniões da Organização das Nações Unidas (ONU) e do parlamento brasileiro. Em 2023, foi escolhido um tema de relevância e que tem gerado tensões diplomáticas entre países, grupos humanitários e a comunidade internacional: o embargo econômico imposto pelos Estados Unidos à ilha de Cuba. Com o intuito de abordar essa questão de maneira abrangente, o projeto optou por a simulação se desenrolava em uma Assembléia Geral das Nações Unidas, situada no ano de 1992, logo após a queda da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. A escolha desse período histórico foi feita por meio de uma enquete nas redes sociais do projeto e entre as alternativas esta tinha como objetivo destacar as disparidades de poder entre a superpotência hegemônica e o país latino-americano, Cuba. Para a realização da simulação, contamos principalmente com a participação de 22 alunos do Câmpus Osório do Instituto Federal do Rio Grande do Sul. Esses estudantes assumiram o papel de diplomatas, representando os interesses e ideologias dos países membros da ONU. Além disso, contamos com uma equipe de 17 alunos que se dedicaram ao jornalismo, cobrindo o evento e fazendo questionamentos pertinentes aos diplomatas. Com o intuito de preparar os participantes para seus papéis, disponibilizamos uma carta de posicionamento com a posição do país e seus motivos para isto junto com uma lista de possíveis aliados e adversários e um guia de estudos sobre o contexto do embargo, história do conflito e posição dos dois lados. Para garantir um ambiente justo e organizado durante a simulação, elaboramos um guia de regras enfatizando como se deve agir e como funcionará a simulação que foi compartilhada com todas as pessoas envolvidas. A simulação teve a duração de dois dias, com sessões realizadas pela manhã e à tarde. Durante esse período, a equipe do projeto, chamada de secretariado, elaborou um documento contendo seis tópicos que seriam debatidos pelos participantes. Houve também a oportunidade de adicionar ou remover subtópicos conforme necessário. Ao final do segundo dia, os tópicos foram submetidos à votação e os países presentes chegaram a um consenso sobre o que fora debatido. Esse processo democrático e participativo, que tenta reproduzir parcialmente a dinâmica das reuniões da ONU, contribuiu para uma simulação rica em discussões e aprendizado, proporcionando às pessoas envolvidas uma compreensão mais aprofundada das complexidades envolvidas na arena diplomática internacional. O IFMUNdi está comprometido em continuar promovendo tais simulações para enriquecer o entendimento dos jovens sobre questões globais cruciais como o embargo econômico à Cuba, desenvolver a habilidade de concordar e discordar, bem como de construir propostas para problemas locais e globais, estimular o debate democrático e construtivo.

Política; Ciências Sociais; Simulações da ONU.