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Este estudo propõe-se a analisar os impactos da racionalidade neoliberal na educação infantil tomando como referência o Plano Nacional de Educação (PNE 2014-2024), buscando compreender as interações entre o neoliberalismo e a educação das infâncias. O referencial teórico se fundamenta nas obras de Dardot (2016, 2017), Laval (2016, 2017, 2019) e Han (2017, 2018), que destacam os aspectos sociais e políticos do neoliberalismo intrínsecos à educação. O estudo propõe a contextualização do avanço do neoliberalismo na educação, em que termos empresariais como capital humano, eficácia, qualidade total e competitividade assumem características neoliberais no discurso educacional. A pesquisa tem se dedicado a compreender como o neoliberalismo se manifesta no documento analisado, identificando a influência desse sistema na elaboração de políticas educacionais que se vinculam ao PNE. A análise documental é a metodologia adotada, tomando o Plano Nacional da Educação como objeto de análise, buscando apontar as transformações graduais e as motivações das políticas adotadas. Neste primeiro movimento, realizamos uma análise detalhada do documento, no que diz respeito à educação infantil, explorando as metas 1, 4, 6, 15, 16, 17, 18 e 20, variações e resultados alcançados. Dedicamos momentos de leitura crítica e discussão aprofundada dos referenciais teóricos, lançando luz sobre os impactos do neoliberalismo na educação e ampliando a compreensão das lógicas envolvidas. Além disso, foram realizadas análises criteriosas de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) do curso de Pedagogia e que se relacionavam com a temática da pesquisa. Essas etapas iniciais proporcionaram uma base sólida para a pesquisa, permitindo uma contextualização abrangente e crítica dos tópicos envolvidos, a fim de embasar análises futuras e proporcionar uma compreensão mais completa dos atravessamentos neoliberais na educação das infâncias. Uma primeira análise desses documentos indica oportunidades para repensar a educação sob outras perspectivas, buscando a formação de sujeitos voltados para o bem comum e distantes do individualismo iminente. No âmbito das conclusões parciais, percebe-se que a intersecção entre a racionalidade neoliberal e a educação infantil resulta em políticas educacionais que intencionam preparar indivíduos desde a infância para se tornarem empreendedores de si mesmos, adequando-se ao mercado como consumidores e trabalhadores que se auto regulam. Isso é conduzido pela lógica neoliberal de investimento econômico na educação, conformando sujeitos flexíveis às mudanças e ao consumo. Portanto, este estudo destaca as implicações dessa racionalidade neoliberal na educação das infâncias sugerindo a possibilidade de resistência e enfrentamento a essa tendência.

Neoliberalismo. Educação. Infâncias. Documentos educacionais. Políticas educacionais.