A presente pesquisa vislumbra adentrar as peculiaridades do discurso neoconservador contemporâneo, visto a sua relação com a discussão acerca do marxismo, sendo esse último descrito com animosidade pelo conservadorismo nos primórdios da discussão (COSTA, 2019), e analisar as consequências do agravamento da disputa política entre esquerda e direita no Brasil e o aumento da ação política direitista, muito parecida com atuações políticas anteriores descritas pelo acirramento entre conservadorismo e marxismo, mas atualmente tendo como uma de suas expressões a militarização do ensino da educação básica. Ainda, com base no estudo referencial e conceitual do fenômeno neoconservador, pautado pelo resgate caloroso de um suposto passado vitorioso, busca-se também a análise dessas expressões nas redes sociais, em comunicadores oficiais, intencionando mapear o discurso e expressão da militarização brasileira. Para isso, a metodologia da pesquisa equipara-se em multimétodos, embora predominantemente qualitativa, vale-se do arrolamento de dados e posterior análise. A relevância está na imersão no tema, munidas as chaves interpretativas das ciências humanas e sociais, para a compreensão do fenômeno, contrastando a ideologia neoconservadora com a constitucional e libertadora, na qual encaixa-se nessa última o arcabouço institucional dos Institutos Federais, a título de exemplo. Constata-se, como resultado, que a onda conservadora avança com força e representação política, e que acaba adentrando temas substanciais como a educação, pondo a prova modelos constituídos democraticamente e validados pelo tempo, com resultados inquestionáveis. Nas redes, a multiplicação de postagens ovacionando a ordem posta pela militarização é evidente, através de vídeos, fotos e comentários. A análise do discurso de autoridades diretivas das escolas evidencia a divergência entre necessidade de recursos e identificação política, apoiando o programa de militarização das escolas por uma dessas causas. Incita-se a análise da ação dos instrumentos Estatais para a análise das escolas civil-militares e suas prerrogativas, com base em resgatar as bases constituídas e que são a expressão dos direitos humanos e da vontade soberana do povo.