Última alteração: 22-12-2023
Resumo
O uso de fertilizantes é imprescindível para altas produtividades na cultura do trigo, porém pelo aumento da utilização de reservas naturais de nutrientes não renováveis, a busca por outras fontes de fertilizantes, além das convencionais, se torna uma alternativa. O objetivo do trabalho foi avaliar como diferentes fontes de fertilizantes e a rotação de culturas podem interferir na produtividade e qualidade fisiológica de sementes da cultura do trigo. O experimento foi conduzido na área didática e experimental do IFRS – Campus Ibirubá, durante a safra de 2014/15 até a safra de inverno de 2021. A cultivar de trigo utilizada em todas as safras foi a TBIO Toruk. Utilizou-se o delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições e cinco tratamentos: testemunha (sem fertilizante), dejeto líquido de suíno (DLS), fertilizante orgânico, organomineral e mineral, e em dois sistemas, com e sem rotação de culturas. Os fertilizantes foram aplicados ao solo antes da semeadura da cultura. As doses dos fertilizantes foram determinadas conforme análise de solo e expectativa de produtividade para a cultura. Foram avaliadas a emergência de plântulas aos 28 dias após a semeadura (DAS), altura de plantas e massa seca da parte aérea (em pleno florescimento) e produtividade de sementes. A qualidade fisiológica de sementes foi determinada pelos testes de germinação, teste de vigor (primeira contagem da germinação e envelhecimento acelerado) e peso de mil sementes (PMS). Os dados foram submetidos ao teste de Tukey a 5% de probabilidade de erro. Os fertilizantes organomineral e DLS, ao longo de várias safras, podem ser utilizados para a cultura do trigo com alternativa aos fertilizantes minerais, sem prejuízos à produtividade de sementes e se mostram promissores quanto à qualidade fisiológica de sementes. A rotação de cultura influencia positivamente na produtividade da cultura do trigo e no peso de mil sementes.