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Toxicidade do alumínio: efeitos transgeracionais e persistentes em Caenorhabditis elegans
Amanda Gorrosterrazu, Carla Alves, João Vitor Martins, Dagmar Camargo Silva, Caroline Falabrete, Aline Pompermaier, Wagner A. Tamagno

Última alteração: 22-12-2023

Resumo


O alumínio (Al) está amplamente distribuído na crosta terrestre e pode ser detectado em quantidades abundantes. Estudos indicam que o Al tem potencial neurotóxico e está potencialmente associado ao surgimento de condições patológicas neurodegenerativas. Porém, pouco se sabe sobre os efeitos persistentes e transgeracionais desse metal. O presente trabalho tem como objetivo, avaliar se a exposição ao Al provoca alterações em biomarcadores comportamentais quando expostos de maneira transgeracional. Para tanto, foram realizados quatro grupos de exposição: controle (água), Al 5.5 mg/L,  8 mg/L e 10.5 mg/L. A cepa de C. elegans utilizada foi N2 (tipo selvagem), mantida em meio de crescimento de nematóides (NGM) e alimentada com Escherichia coli (OP50) a 20 °C. Vermes sincronizados e em estágio L1 foram expostos aos tratamentos por 20h. Ao atingirem a fase adulta com ovos, eles foram lavados e sincronizados, os ovos resultantes (F1) eclodiram em tampão M9 a 20 °C, e  ao atingirem o estágio de vida L1, os indivíduos F1 foram colocados em NGM com E. coli até atingir o estágio L4. Neste estágio foram avaliados os comportamentos: batimento faríngeo consiste na contração do músculo da faringe e determina a frequência da alimentação; a análise do ciclo de defecação avaliado pela contração peristáltica do intestino, seguida a expulsão das fezes; Body bends a taxa de mudança de eixo durante a movimentação e o Swimming assay, os vermes são colocados em meio líquido e avaliados sua movimentação. Os resultados preliminares mostraram um aumento significativo na taxa de defecação dos vermes F1 na concentração de Al 8 mg/L. A taxa de swimming assay e de batimentos faríngeos não foram afetadas. Entretanto, a taxa de body bends foi aumentada quando expostos às três concentrações de alumínio. Esses resultados preliminares ressaltam a importância de estudos transgeracionais e persistentes, pois o alumínio parece alterar o comportamento dos vermes em gerações subsequentes. Sendo que, a exposição ocorreu na embriogênese. Através das análises de marcadores bioquímicos poderemos estabelecer com maior clareza os efeitos da contaminação do Al em C. elegans.

Palavras-chave


Toxicologia, bioquímica, bioexperimentação

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