A prática pedagógica abordada neste estudo, contempla uma ação permeada pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) com o envolvimento dos bolsistas do curso de Licenciatura em Pedagogia, do campus Farroupilha, tendo a finalidade de fomentar a iniciação à docência além de inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de educação. Por meio dessa inserção no ambiente escolar, os acadêmicos têm a oportunidade de criação e de participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes. Diante disso, o objetivo da atividade proposta é valorizar a identidade pessoal de cada estudante atendido na escola-campo, reconhecendo-se como sujeito histórico e de direito, compreendendo que, nas interações, relações e práticas cotidianas vivenciadas, seja ressaltada a identidade pessoal e coletiva. Desse modo, a metodologia adotada para a produção textual foi elaborada e estruturada para as turmas de pré e de 1º ano, construindo como produto final um livro dessas turmas. Assim, prestigiando-se a produção dos próprios estudantes, com a mediação da bolsista. A prática pedagógica tem como estratégia inicial a contação de história da obra literária Tudo bem ser diferente, do autor Todd Parr, salientando a importância do espaço de escuta e de reflexão sobre o papel que cada um desempenha na sociedade. As ilustrações para a construção do livro foram feitas pelas crianças em torno do viés “quem sou eu e quem sou quando estou com a minha família”. O mesmo tema também serviu como base para a produção textual, respeitando o processo de escrita de cada um, demandando o acompanhamento da bolsista.  Em síntese, os resultados indicam que a criação de ambientes de fala e de construção do “Eu” dentro da Educação Infantil e das turmas de Anos Iniciais é e se faz necessário no processo de ensino e aprendizagem, contribuindo com o desenvolvimento das crianças dentro e fora do ambiente escolar. Portanto, como conclusão, destaca-se que a presente experiência pedagógica cria oportunidades para que os estudantes se identifiquem como seres individuais e sociais, estimulando a curiosidade com relação a cultura da escrita, mesmo que de forma espontânea, além da promoção de experiências que permitam a fala e a escuta entre os colegas.