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As algas desempenham um papel fundamental e de extrema importância para todos os seres vivos aeróbicos do planeta, uma vez que são organismos fotossintéticos e que estão em grande abundância em todos os lugares, prioritariamente aquáticos. Mas, mesmo tendo tal grau de relevância para a vida da grande maioria dos seres vivos, não são tão conhecidas e estudadas, principalmente no Brasil, um país rico em recursos aquáticos e com rica biodiversidade. Com isso, o presente projeto, tem por objetivo conhecer e analisar as microalgas localizadas nos açudes nas dependências do IFRS - Câmpus Sertão, RS. Para isso, dois pontos principais foram selecionados para a coleta, sendo a água do açude da horta da instituição e o açude localizado à beira da estrada que dá acesso à comunidade de Eng. Luiz Englert. Fazendo uso de rede e espátulas, foram coletadas amostras da água e plantas fixadas em pedras na borda e no meio, em ambos os pontos definidos. Para a análise, foram montadas 10 lâminas de cada amostra para serem observadas em microscópio óptico de luz, todas as algas encontradas foram fotografadas para serem identificadas posteriormente. A identificação foi realizada fazendo uso de atlas e enciclopédias físicas, além do banco de dados: algaebase.org e diatoms.org. Ao todo, foram identificadas 219 algas pertencentes a 5 filos diferentes, sendo eles: Os filos Bacillariophyta (151); Charophyta (16); Chlorophyta (9); Cyanobacteria (27); e o filo Euglenozoa (16). Os gêneros que se mostraram mais representativos foram: Pinnularia (Pinnulariaceae) com 69 algas; Fragilaria (Fragilariaceae) 17; Navicula (Naviculaceae) 11; Eunotia (Eunotiaceae) 9; Phacus (Phacaceae), Lepocinclis (Phacaceae), Oscillatoria (Oscillatoriaceae), Neidium (Neidiaceae) e Sellaphora (Sellaphoraceae) com 8; Frustulia (Amphipleuraceae) com 7; Cymbella (Cymbellaceae) com 6.  Destaca-se que o filo Bacillariophyta, popularmente conhecido como diatomáceas, foi o mais representativo. Com algas unicelulares, cosmopolitas, e, de taxonomia complexa, as diatomáceas se diferem com várias formas morfológicas, e podem ser utilizadas como bioindicadores ambientais, pois possuem um ciclo de vida curto e com isso conseguem responder de forma mais rápida a alterações ambientais. Além de possuir uma vasta biodiversidade, que facilita com que seja encontrada em vários habitats. Alguns trabalhos já demonstraram que o aumento de nutrientes devido a causas antrópicas, provoca sérios prejuízos à biodiversidade. Entre eles o aumento da comunidade de algas, consequentemente gerando aumento no número de bactérias para decomposição levando a diminuição de oxigênio. Essa escassez irá afetar a cadeia trófica, sendo assim as diatomáceas podem ser utilizadas para indicar o grau de eutrofização do ambiente, possibilitando estratégias e parâmetros de qualidade ambiental.

Bacillariophyta; Biodiversidade; Diatomáceas.