O trigo (Triticum aestivum) é uma importante commodity negociada nos mercados internacionais e se constitui como matéria prima para a alimentação humana e animal. Para o adequado desenvolvimento e qualidade dos grãos de trigo, o nitrogênio (N) é um nutriente fundamental e deve ser suplementado através da adubação nitrogenada. A fonte mais utilizada no Brasil para o fornecimento de N às culturas é a ureia, por apresentar elevado teor de N e pronta disponibilidade para as plantas. Em contrapartida, a ureia apresenta características de alta volatilidade, estando sujeita a perdas do nutriente no sistema. Neste contexto, existem evidências de que a incorporação da ureia em relação à aplicação superficial consiste na melhor estratégia para minimizar as perdas de N ao ambiente. Dessa forma, este trabalho objetiva avaliar a resposta de diferentes doses e formas de aplicação de nitrogênio nos caracteres agronômicos da cultura do trigo. As doses de nitrogênio utilizadas são em kg ha^-1: 0 (testemunha), 45, 67,5 e 90 na fonte de ureia protegida. As formas de aplicação compreendem a incorporação da ureia no solo no momento da semeadura e aplicações superficiais (em dose total e fracionada) nos estádios de perfilhamento e elongação. O experimento foi realizado no ano de 2022 na área agrícola do IFRS Campus Ibirubá em parceria com a empresa Biotrigo Genética. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com 4 repetições, e foram realizadas avaliações vegetativas e dos componentes de rendimento da cultura. Foi verificado que a massa de mil grãos não sofreu influência das doses e das formas de aplicação de nitrogênio, já o número de grãos por espiga aumentou conforme incremento das doses de N aplicadas de forma incorporada ao solo. A produtividade do cultivar TBIO Ponteiro foi superior nos tratamentos em que as doses de N foram aplicadas de maneira superficial. Este experimento se configura como de grande importância aos pesquisadores e à comunidade externa por não existirem pesquisas referentes à incorporação de N para a cultura do trigo, mediante diferentes doses, na região do Alto Jacuí. Portanto, foi possível concluir que a incorporação de N ao solo não diferiu significativamente para a maioria das avaliações realizadas neste experimento.