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Elaboração e análise das características físicas de biscoito tipo cookie produzido com farinha de bagaço de uva
Larissa Lemos Noack, Médelin Marques da Silva, Francieli Neves Wanner, Márcia Victória Silveira, Renato Queiroz Assis

Última alteração: 22-12-2023

Resumo


Os atributos sensoriais dos biscoitos tipo cookie agradam grande parte dos consumidores, indicando alta aceitação e atitude de compra desses produtos. Entretanto, os cookies são produtos alimentícios de baixo valor nutricional em razão da composição rica em farinhas brancas e refinadas e ausente em compostos bioativos. Por isso, é importante investigar ingredientes que possam agregar valor nutricional a esses produtos e substituir as farinhas comumente utilizadas. Paralelo a isso, em agroindústrias, a produção de sucos e vinhos gera grande quantidade de resíduos (bagaço de uva - fonte de fibras e compostos bioativos) que, normalmente, viram descarte. Nesse sentido, este trabalho objetivou produzir cookies com farinha de bagaço de uva, proporcionando um maior valor nutricional aos biscoitos e um destino mais nobre ao bagaço de uva. O bagaço de uva foi adquirido na vinícola Benatto® , situada na Boa Esperança (4º Distrito de Rolante, RS) e armazenado à -18°C no Laboratório Agrotécnico do IFRS Campus Rolante até o seu uso. Na sequência, o bagaço de uva foi seco em estufa de convecção a 70°C por 72h e, então, moído e transformado em farinha com auxílio de um moinho de facas. O teor de umidade da farinha de bagaço de uva ao final da secagem foi de 0,46 ± 0,11 %. A produção dos cookies utilizou os seguintes ingredientes: mistura de farinhas (farinha de trigo, farinha de aveia e goma de tapioca - 250 g), margarina sem sal (75 g), açúcar demerara (67,5 g), açúcar refinado (47,5 g), ovo (50 g), fermento químico (5 g) e sal (1 g). A formulação do tratamento 1 (T1) utilizou os ingredientes mencionados, enquanto as formulações dos tratamentos 2 e 3 (T2 e T3) substituíram, respectivamente, a mistura de farinhas em 15 e 30% de farinha de bagaço de uva. Após padronização do peso da massa em 25 g por cookie, os mesmos foram assados a 160ºC por 40 minutos. Após forneamento, os cookies foram analisados quanto à perda de massa (%) e cor (CIE L*a*b*). A análise estatística dos dados foi realizada por meio do SAS 8.0® , onde se realizou análise de variância (ANOVA; p≤0,05) e teste de médias (Tukey). Os resultados demonstraram que o cookie T2 e T3 demonstraram menor perda de massa pós forneamento, isso provavelmente ocorre em razão da quantidade elevada de fibras na farinha de uva, as quais são capazes de absorver água e outros ingredientes. Em relação à cor, os parâmetros L* e b* da superfície dos cookies foram estatisticamente menores para os cookies T2 e T3, sugerindo amostras menos claras e amareladas. Assim, esse trabalho sugere que a farinha de bagaço de uva configura uma alternativa de substituição das farinhas brancas e refinadas na elaboração de biscoitos tipo cookie.

Palavras-chave


Cookie; Bagaço de uva; Produto alimentício

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