Portal de Eventos do IFRS, 8º SALÃO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO DO IFRS

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O ensino inclusivo na visão de um professor em construção
Fabiano Amaral Miranda, Cassiano Pamplona Lisboa, Maria Marchand Dal Piva, Anielli de Cassia Canuto, Igor Murilo de Oliveira da Silva

Última alteração: 16-12-2023

Resumo


O presente resumo surge da inquietação acerca dos parâmetros da educação inclusiva frente à diversidade de alunos que frequentam o Centro Municipal de Educação dos Trabalhadores Paulo Freire (CMET/Paulo Freire), no município de Porto Alegre. Trata-se, portanto, do olhar de um bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), durante o acompanhamento das atividades da professora de ciências, com formação curricular, mas sem proficiência na educação inclusiva. O programa é desenvolvido pelo Instituto Federal do Rio Grande do Sul, Campus Porto Alegre, no curso superior de Licenciatura em Ciências da Natureza: Biologia e Química. As observações semanais no CMET despertaram reflexões como progredia o ensino desenvolvido pela professora, sobre as estratégias didáticas que usava para abordar temas diversificados com alunos de 15 a 80 anos, com vulnerabilidade social e, dentre essa pessoas com deficiência, alunos com espectro autista e atrasos de aprendizado. Nesse ambiente foram construídas as reflexões sobre a atuação discente. Durante a atuação como bolsista, desde o início do programa foi proporcionado o acompanhamento aos alunos em sala de aula em suas atividades, bem como auxílio em aulas, com interação direta. Neste relato será destacada uma atividade específica sobre o Sistema Respiratório na aula de Ciências. Esta atividade consistia na construção de um modelo de explicação do funcionamento do músculo diafragma nos movimentos respiratórios promovendo a entrada e saída de ar dos pulmões. Esta atividade utilizava garrafas PET e balões para a demonstração. Juntamente a este processo, um modelo anatômico do sistema foi utilizado para as explicações. Nesse momento consegui compreender um pouco o que significa educação inclusiva e como a figura do professor é importante para que as coisas aconteçam, mesmo sem a formação específica para lidar com certas situações o que não significa falta de sabedoria em atingir o objetivo desejado e como é importante uma escola que fornece a base. A por outro lado, mesmo com todas as assertivas na condução da educação inclusiva por parte do CMET, algumas questões seguem em aberto, como será a evolução educacional desse aluno?; Como é feita a avaliação? As diferenças presentes em sala de aula atrapalham ou auxiliam no ensino? Como funciona a continuação do ensino quando o aluno completa seu ciclo no CMET, visto que a realidade encontrada não ser a mesma para todas as escolas? E principalmente, o quanto o aluno se torna refém dessa didática por não encontrar a mesma referência em outros educandários? Esses foram os meus questionamentos junto à professora de ciências, a qual compartilhou os mesmos anseios. Procuro demonstrar com o experimento um pouco do que aprendi com ensino inclusivo, respeitando a condição de aprendizado.


Palavras-chave


Ensino de Ciências; PiBiD e Educação Inclusiva

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