No projeto "Ética e Autenticidade em Charles Taylor - Etapa II", será abordada a temática do individualismo político, com uma análise da perspectiva de Taylor sobre a argumentação filosófica. A intenção é examinar como as influências culturais, sociais e históricas moldam a identidade pessoal. Quanto à possibilidade de que a busca pela autenticidade individual possa contribuir para uma compreensão mais profunda e promover maior respeito e tolerância em sociedades diversas. Compreendendo a perspectiva de Taylor na política, o conceito de "salvar os fenômenos" implica identificar a conexão fundamental entre a comunidade política e a concepção de uma vida bem-sucedida nela incorporada. Nessa abordagem, os seres humanos direcionam seus esforços para objetivos que, quando entendidos em conjunto, representam a realização de um modelo de convivência capaz de satisfazer suas necessidades, desejos, aspirações e projetos. Portanto, esse modelo pode ser razoavelmente caracterizado como sendo bom no sentido de proporcionar uma vida gratificante. Os principais objetivos deste trabalho de pesquisa incluem a obtenção de uma compreensão da perspectiva de Taylor sobre o individualismo e a reflexão sobre como essa visão se aplica à vida cotidiana. A partir dessa análise, almeja-se estabelecer conexões entre o individualismo e as situações contemporâneas. Neste estudo, é apresentada uma abordagem de pesquisa de natureza qualitativa e bibliográfica, com a intenção de adotar uma perspectiva hermenêutica e dialética, envolvendo várias correntes de pensamento em constante interação com a sociedade contemporânea. O estudo teve início por meio da análise da obra "A Ética da Autenticidade" de Charles Taylor; o livro de John Locke “A emergência do individualismo moderno”, assim como alguns artigos, também fomentaram o corpo desta pesquisa. Atualmente o estudo conta com resultados parciais decorrentes da análise da obra de Charles Taylor, bem como da investigação de materiais relacionados ao individualismo e sua fundamentação teórica. Taylor sustenta que o individualismo é um mal-estar da modernidade, onde as pessoas o experimentam como uma perda ou um declínio, mesmo enquanto nossa “civilização” se desenvolve; ele reforça que as pessoas perderam a visão mais abrangente porque se centraram na vida individual, que tanto nivela quanto restringe nossa vida, tornando-a mais pobre em significado e menos preocupada com o coletivo, sendo assim, Taylor prevê um governo futuro moderado e paternalista, com aparência democrática, mas controlado por um "poder tutelar" incontrolável pela população. A única defesa é uma cultura política vibrante com participação valorizada em todos os níveis do governo e associações voluntárias. Quando esta pesquisa estiver concluída, contribuirá para a compreensão das influências que moldaram a visão de Taylor sobre o individualismo, desde seus pensamentos filosóficos até suas preocupações com a contemporaneidade. Além disso, fornecerá uma análise crítica do impacto do individualismo na sociedade moderna, destacando suas complexidades e desafios inerentes.