Nos dias de hoje, muito é comentado a respeito da importância das abelhas na preservação ambiental e sobrevivência do ser humano, quem nunca ouviu o ditado popular “sem abelhas não existiria vida”. Um simples ditado, com infinitas razões, verdades e dúvidas. Dentro da ordem (Heminoptera apidae), possuímos a tribo das melíponas (abelhas sem ferrão nativas do Brasil-ASF), elas são responsáveis por 90% da polinização de espécies da Mata Atlântica e seu desaparecimento acarretaria diretamente na manutenção da flora e fauna silvestre. As ASF é desconhecido por grande parte da população e região que nos inserimos, dificultando dessa forma a preservação, propagação e quebra de paradigmas sobre esses insetos. Portanto, é de grande interesse nosso, como instituição de ensino, pesquisa e extensão, promover didáticas e palestras, levando e gerando conhecimento à comunidade externa, despertando neles o interesse pela preservação das ASF. Com isso, o objetivo geral do projeto “Abelhas do Bem” do IFRS Campus Bento Gonçalves, é promover a conservação de espécies de abelhas sem ferrão, por meio de manejo de enxames inseridos no Campus, afim de propagar a espécie, fomentando a preservação do ecossistema e o seu equilíbrio, e de maneira indireta, disponibilizar sob forma palpável conteúdo e material de aprendizado, visando atender o público visitante do projeto. Dessa forma, por meio de atividades educacionais promovidas pela equipe, o projeto almeja moldar atitudes e comportamentos em direção a uma coexistência mais harmoniosa entre a humanidade e a natureza, transmitindo por meio do público jovem, a conscientização, contribuindo para uma mudança positiva nas percepções e nas ações relacionadas ao meio ambiente, proporcionando um futuro mais sustentável e saudável para as gerações presentes e futuras. A metodologia empregada no desenvolvimento das atividades para a comunidade externa, possui caráter prático e ilustrativo, por meio de materiais desenvolvidos através da pesquisa e conhecimento adquirido pelos integrantes do projeto, visando elucidar de maneira simples e didática, para o público majoritariamente jovem, os temas abordados. Outras ações de manejo do local e dos enxames são frequentemente realizadas, sempre com o intuito de melhorar o espaço para visitas e fornecer melhores condições de forrageamento apícola. Desde o início do projeto, até a presente momento, foram recebidos 284 crianças e jovens, de 3 a 15 anos, oriundos de projetos e movimentos sociais; e instituições de ensino públicas e privadas da região da Serra Gaúcha. A passagem dos visitantes pelas ações do projeto proporciona um registrado em suas consciências e em seus corações sobre a importância da preservação das abelhas sem ferrão e consequentemente vislumbra-se, em um futuro próximo, marcas desse projeto na conservação e cuidado com esses insetos e ambiente que estão inseridos.