A Frente Parlamentar Evangélica (FPE) abrange 20% do Congresso Nacional e se consolida como a representação dos interesses das igrejas evangélicas no legislativo federal. Liderada pelo Deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), a bancada conta, na atual 56ª legislatura, com 105 Deputados e 15 Senadores em exercício de diversos partidos e igrejas. A maior parte dos políticos evangélicos que integram a FPE são de igrejas pentecostais, especialmente da Assembleia de Deus e da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). Uma porcentagem muito parecida é a de mulheres no Congresso Nacional - cerca de 15% das cadeiras -, com 77 Deputadas Federais e 12 Senadoras. Em torno de 40 dessas parlamentares está ou já passou pela Frente Parlamentar Evangélica na 56ª legislatura, dentre elas figuras conhecidas do cenário político recente do país, como a ex-Deputada Flordelis (sem partido-RJ), acusada de ser a mandante do assassinato do marido em 2019; a Deputada Benedita da Silva (PT-RJ), ex-Governadora do estado do Rio de Janeiro e primeira Senadora negra do Brasil eleita em 1994. Dentre as 4 Senadoras no grupo, encontra-se a Juíza Selma (PODE-MT), que teve o mandato cassado em 2019 por suspeitas de “caixa 2” em sua campanha eleitoral. O método de pesquisa engloba o mapeamento das integrantes da FPE na 56ª legislatura; a análise de discursos, posicionamentos e histórico político. A seleção desses e de outros principais acontecimentos com as integrantes da FPE tem o objetivo de investigar a relevância e a diversidade da representação feminina no segmento político evangélico nacional através de resumos destacados e gráficos. Com os resultados levantados até o presente momento, nota-se a heterogeneidade de posicionamentos, orientações, histórias e prioridades dessa parcela feminina na FPE. O fato é que, mesmo ainda conservadora, a Frente Parlamentar Evangélica é um local de expressão feminina na política brasileira.