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INTERAÇÃO DE INSETICIDAS QUÍMICOS E BIOLÓGICOS NO CONTROLE DE DALBULUS MAIDIS (DELONG & WOLCOT) (HEMIPTERA: CICADELLIDAE) EM MILHO
Nathália Tafarel Sutorillo, Marcia Aparecida Smaniotto, Elias Debon Bergamim, Anderson Elias Menegaz, Artur Muller

Última alteração: 21-11-2022

Resumo


No ano agrícola 2020/21 o cenário para a produção de milho no Rio Grande do Sul foi bastante desfavorável devido à alta incidência da cigarrinha do milho Dalbulus maidis. Tanto ninfas quanto adultos causam danos à cultura e estas tem o milho como a principal planta hospedeira para multiplicação e sobrevivência. O dano causado pela cigarrinha não é proporcional ao tamanho da população, não existe nível de ação definido pois são vetoras de molicutes e viroses e não existem materiais 100% tolerantes para o inseto. Diante da necessidade de controlar eficientemente a cigarrinha tem-se utilizado a combinação entre produtos no tanque, afim de aumentar o espectro de ação da operação e diminuir os números de aplicações. Porém, a utilização de misturas pode apresentar inúmeros efeitos adversos desconhecidos, podendo interferir na estabilidade e na eficácia das moléculas. O objetivo do trabalho foi avaliar o controle de D. maidis em milho, através do uso isolado e em mistura de inseticidas químicos e biológicos. Foram testados os inseticidas biológicos Beauveria bassiana e Isaria fumosorosea e o químico Acefato. Esses inseticidas são os mais utilizados para o controle da cigarrinha e foram aplicados em plantas de milho previamente semeadas em vasos contendo substrato. A unidade amostral foi composta por uma planta de milho e dez cigarrinhas adultas com idade conhecida. Utilizou-se cinco plantas para cada tratamento em delineamento inteiramente casualizado. Sete dias após a emergência do milho foram realizadas as aplicações dos inseticidas com pulverizador costal. Após a secagem do produto nas plantas foram passadas as cigarrinhas e utilizou-se uma gaiola para evitar a fuga das mesmas. As avaliações foram realizadas em 24 horas e aos sete e 15 dias após a aplicação. Os dados prévios indicam que o acefato proporcionou maior mortalidade (80%) das cigarrinhas quando comparado à testemunha. As misturas entre acefato e B. bassiana e I. fumosorosea, assim como os fungos isolados apresentaram controle médio que variou entre 50 a 60 % da população das cigarrinhas em estudo. As cigarrinhas mortas pelos fungos isolados e em mistura com acefato foram isoladas em meio de cultura BDA, mantidas em placas de petri em BOD a 25°C por sete dias, onde serão avaliadas para confirmar a presença do fungo sobre os insetos e para confirmar se houve algum efeito do acefato sobre os fungos. Estes resultados prévios demonstram como é difícil controlar a cigarrinha e que os insetos sobreviventes podem gerar novos descendentes num curto espaço de tempo e estes poderão causar sérios danos à cultura do milho. Além disso, destaca-se a importância do monitoramento das lavouras para que as cigarrinhas sejam controladas quando iniciarem as primeiras infestações, já que não existe número definido de insetos na amostragem, em função dos molicutes e viroses que esse inseto pode transmitir. Novos estudos precisam ser feitos, mas sugere-se que o controle biológico em condições de campo é um aliado e que pode auxiliar no controle das cigarrinhas a longo prazo e não apresenta um controle imediato.

 


Palavras-chave


cigarrinha, Isaria, Beauveria e Acefato

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