Este trabalho se propõe a um estudo da obra: o Eu e o ID – auto biografia (1923 – 1925), de Sigmund Freud e investiga quais as concepções de Freud sobre a consciência e como elas se articulam no corpo de sua teoria e com a prática psicanalítica. A pesquisa analisa e busca compreender a consciência e como ela acontece com a percepção do mundo exterior, de sentimentos e de processos do pré-consciente que resultam da atividade de um sistema específico - o sistema percepção-consciência. Busca-se compreender o desenvolvimento argumentativo de Sigmund Freud para explicar como o processo certas representações pré-conscientes, mais duráveis, se tornam transitoriamente conscientes. Este trabalho apresenta uma metodologia de caráter qualitativo, fundamentada na pesquisa bibliográfica de textos do autor e de comentadores. A pesquisa conta com resultados parciais, provenientes da leitura e compreensão do texto freudiano, bem como estudos de artigos recentes e do desenvolvimento da psicanálise na segunda metade do século XX, em sua vertente lacaniana. Pode-se dizer que a superação das resistências leva uma representação inconsciente a se tornar pré-consciente, através das representações de palavras. Nisso podem se tornar conscientes certas representações pré-conscientes. A consciência não é uma propriedade intrínseca de certos sentimentos e pensamentos. Estes não são necessariamente o que parecem ser para o próprio sujeito. O desenvolvimento argumentativo de Sigmund Freud nos mostra o processo pelo qual certas representações pré-conscientes, mais duráveis, se tornam transitoriamente conscientes. Quando concluída esta pesquisa, apresentará um entendimento sobre as consciências dos processos do eu, assim como a relação entre a consciência, o pré consciente e o inconsciente; suas origens e sua relação com os dias atuais da psicanálise.

Palavras chave: Sigmud Freud, Eu, ID