Última alteração: 21-11-2022
Resumo
A presença de pessoas com deficiência matriculadas nas escolas de ensino regular já é uma realidade na educação brasileira. A inclusão de um estudante com deficiência pode ser mais efetiva se o professor de ensino regular e o professor especializado trabalharem juntos. Uma das maneiras é por meio do Ensino Colaborativo, compreendido como uma parceria entre o professor do ensino regular e o professor do atendimento especializado. Ambos compartilham as mesmas responsabilidades ao longo da escolarização de alunos com deficiência, além de trabalharem no mesmo espaço físico. Esta prática visa um objetivo comum, a aprendizagem de todos os estudantes da turma. Nessa perspectiva, buscou-se compreender o que é o Ensino Colaborativo e como os especialistas brasileiros enxergam este modelo de ensino, além de verificar se as políticas públicas brasileiras permitem que esta estratégia ocorra no país. Para isso, o trabalho baseou-se na pesquisa bibliográfica de livros e artigos desenvolvidos sobre o tema. Diante dessa pesquisa foi possível conhecer o conceito de Ensino Colaborativo, cujo um dos diferenciais ocorre durante a elaboração de estratégias de ensino, em que ambos os professores contribuem efetivamente no planejamento das atividades, o que não seria possível acontecer se apenas um desses professores estivesse presente na sala de aula. Para além disso, foi possível averiguar que as pesquisas relacionadas sobre o tema, no Brasil, iniciaram-se a partir da proposta da inclusão escolar na rede regular de ensino no país. Atualmente o tema possui destaque em pesquisas de cunho nacional, sendo considerada uma estratégia promissora para a inclusão escolar. No entanto, verificou-se que o Ensino Colaborativo é uma estratégia que requer avanço nas políticas públicas brasileiras, isto é, ser institucionalizado em documentos oficiais da educação, para que se garanta o direito desse serviço de apoio aos alunos com deficiência. Portanto, é importante reconhecer que o Ensino Colaborativo é uma possibilidade, mas que apesar de promissor, a legislação brasileira não dá subsídios para que ele ocorra de maneira efetiva no país. Diante do contexto da Educação Inclusiva, é preciso ter consciência de que todas as teorias existentes voltadas para a inclusão escolar não serão concretizadas apenas por um ato, ou legislações, mas também por uma cultura colaborativa a ser desenvolvida na escola.