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Controle dos corpos das mulheres: a quem interessa?
Amanda Tagliani Silva, Manuela Finokiet, Fernanda Pereira Santos, Luísa Helena Costa Alves Mariano, Maria Paula Grimminger Dunker, Victoria Costa Alves Mariano, Luciane Mendonça, Ademilde Irene Petzold Prado

Última alteração: 04-12-2022

Resumo


Este trabalho faz parte do projeto de ensino “Cine Diversidade: “gênero, sexualidade e diversidade étnico-cultural” no câmpus Alvorada que desde 2018 vem desenvolvendo sessões de exibição de produções audiovisuais que abordam temas relacionados ao machismo, homofobia e racismo, proporcionando espaços para debates e reflexões sobre os mesmos. Em 2022, iniciamos o projeto no mês de junho e já nos primeiros encontros, discutimos pautas que estavam sendo muito debatidas nacionalmente na mídia e nas redes sociais como, estupro, aborto, violência obstétrica e violência contra a mulher. Então definimos que a primeira exibição trataria sobre o controle dos corpos das mulheres, pois todos os temas acabam envolvendo essa questão. Realizamos algumas buscas sobre produções audiovisuais que tratavam da temática, mas não encontramos algo que contemplasse o tema da forma como queríamos, então decidimos fazer uma montagem com reportagens, vídeo e música. Escolhemos um vídeo de Lorena Alves, que apresenta um bate papo com Silvia Federici sobre “O corpo da mulher é a última fronteira da conquista do capital", autora que é uma referência nos estudos sobre as mulheres. Além disso, selecionamos algumas notícias que abordam diferentes formas de controle dos corpos e escolhemos a música “Triste, louca ou má” da banda Francisco el hombre. No dia 02 de agosto convidamos duas turmas do ensino médio integrado para participarem da exibição do cine diversidade e a partir disso promovemos um debate sobre a temática. Também passamos uma caixa onde o público pudesse deixar suas perguntas para assim debatermos a partir daquela pergunta o que gerou bastante questionamentos. Um deles foi se a violência contra a mulher é crime, e se o aborto é crime. Muitas pessoas, especialmente as mulheres, falaram e deram suas opiniões sobre as perguntas em questão. Foi um momento bem importante para criarmos um ambiente seguro para as pessoas se sentirem livres para falarem sobre esses assuntos que abordamos através do vídeo que apresentamos. Percebemos a necessidade de convidar outras turmas para que possamos realizar mais exibições debatendo e aprofundando esse tema.



Palavras-chave


Produção audiovisual, diversidade de gênero, diversidade sexual, diversidade étnico-cultural, racismo.

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