Última alteração: 17-11-2022
Resumo
O racismo estrutural de nossa sociedade negou historicamente direitos básicos às comunidades racializadas, através de muita luta foi criada a Lei de Cotas para acesso de estudantes do ensino médio público a universidades federais (Decreto- Lei 12.711/2012, 2012). As cotas raciais se encontram como subcotas das sociais e foram implementadas com intuito de combater as desigualdades raciais que ainda excluem a população preta, parda e indígena da universidade, do mercado de trabalho e dos espaços públicos. A conquista de um diploma se tornou um sonho possível para estas pessoas, porém, a luta precisa continuar, é necessário promover a conscientização nas escolas a respeito da importância das cotas, bem como a importância de ocupá-las. Além disso, tornou-se indispensável a desintegração de toda desinformação e má índole que cercam o debate da política de cotas, visto que, está marcada para este ano a revisão da Lei de Cotas (que completou 10 anos em agosto) e a subcota racial é alvo principal dos opositores da lei. É preciso dar visibilidade à produção cultural/intelectual negra do IFRS Campus Alvorada, do município e arredores em todos os meses do ano, e não apenas em novembro (mês da Consciência Negra). Os principais objetivos são conscientizar acerca da importância das cotas, bem como a importância de ocupá-las; Divulgar o IFRS Campus Alvorada; Fomentar a produção intelectual e cultural negra do IFRS Alvorada, do município e região; discutir, abordar questões étnico-raciais e antirracistas; oferecer oficinas de percussão; entre outros. Tratar de temas como: Sambas-enredo e suas importantes reflexões sobre o tempo e a sociedade; racismo estrutural; racismo ambiental; esporte e raça; história e importância dos negros no RS; entre outros. As ações propostas são abertas ao público, sendo realizadas virtualmente, no Campus Alvorada e nas escolas do município no formato de: apresentações; palestras; bate papo, rodas de conversa; leituras; entre outros. Os desdobramentos do Coisa de Pele se mostram os melhores, tendo sido realizados 4 encontros online até o momento. Também foi realizada uma mini mostra de extensão durante uma feira que ocorreu no Campus Alvorada, o que permitiu que a comunidade conhecesse a proposta, além de uma oficina de agogô aberta ao público durante o evento, oficina que foi promovida pelo projeto, foi ministrada por um parceiro e contou com 12 participantes. Conforme as atividades propostas pelo projeto de extensão Coisa de Pele se desencadeiam, fica explícito o surgimento de um fundamental agente que integra ações culturais e discussões étnico-racial entre o NEABI, o IF Alvorada e comunidade externa. O início do período de inscrições para o processo seletivo do IFRS se aproxima, junto ao início das visitas do projeto às escolas de Alvorada, onde será trabalhado a importância das Cotas e de uma escola e universidade diversa e plural.