Tendo em vista as restrições que o mercado editorial ainda impõe às obras escritas por mulheres, a divulgação e o incentivo ao consumo de literatura de autoria feminina são ações significativas e necessárias para a maior visibilidade de tais obras e autoras, sejam elas clássicas ou contemporâneas, nacionais ou estrangeiras. Nesse viés, o projeto “Leia+mulheres, Campus Ibirubá: uma ação para a equidade de gênero na literatura” objetiva promover a leitura, maior circulação e reconhecimento da literatura de mulheres escritoras. A iniciativa foi inspirada na tendência #readwoman (#leiamulheres) criada pela escritora Joanna Walsh. Desde o ano de 2021, o projeto vem sendo desenvolvido como extensão, fomentando a leitura literária e o apoio à equidade de gênero, através de páginas nas redes sociais e também por meio de encontros de leitura em meio virtual e, mais recentemente, físico. Com essas ações, temos atingido a comunidade interna e externa do IFRS Campus Ibirubá. Nas mídias sociais, são feitas publicações semanais de resenhas literárias, recomendações de leituras, autoras e gêneros literários, assim como as chamadas para os encontros mensais do grupo, que ocorreram de forma online durante todo o ano passado e início deste ano e passaram a ser presenciais a partir do mês de junho. Nesses momentos, discutimos textos curtos de autoria feminina previamente selecionados, promovendo debates que auxiliem na formação de novos(as) leitores(as) e ajudem a prover um maior repertório literário às comunidades interna e externa ao IFRS - Campus Ibirubá. Vinculadas aos encontros, também são editadas as Revistas Leia+Mulheres mensalmente, as quais são publicadas em nosso site. Dados apontam que nosso alcance físico não é muito amplo, mas mantém um público que vai se fidelizando. Nas redes sociais, temos visto o público que acessa a página crescer paulatinamente. A importância do projeto diz respeito à visibilidade da literatura de autoria feminina e à reflexão acerca de diversas temáticas, tais como combate a machismo, misoginia, homofobia, racismo, desigualdade social, e questões pertinentes à condição humana como amor, dor, medo, solidão, morte, doença, amadurecimento e fantasia.