Última alteração: 21-11-2022
Resumo
As cultivares da planta forrageira perene Megathyrsus maximus Jacq., possuem grande importância para a produção pecuária nos trópicos e sub trópicos, uma vez que permitem obter elevadas produções de forragens. Porém são plantas pouco conhecidas nos modelos de produção regional e existe a carência por laboratórios a campo que demonstrem a alunos, técnicos, professores e agricultores. Dessa forma, o objetivo da pesquisa foi possibilitar a vivência de alunos do IFRS Campus Sertão em conteúdo de disciplinas de Forragicultura e correlatas, avaliando características morfológicas, estruturais e produtivas da forragem manejada sob desfolhação com lotação intermitente. O protocolo experimental é composto por cinco cultivares, em um delineamento de blocos casualizado, totalizando 20 parcelas de 187,5 m2 (12,5 x 15 m) cada, com corredores de três metros longitudinais, destacando os blocos. As adubações seguiram as recomendações do Manual de Calagem e Adubação para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Em outubro de 2021, uniformizou-se as parcelas com uma roçada e aplicou 50 kg de N/ha e início o monitoramento das alturas avaliando-se a taxa de crescimento vertical do dossel (TCV) em cm/dia. As alturas de pastejos e de resíduos para as cultivares: Aruana, BRS Tamani e Gatton panic de 60 e 25 cm; BRS Quênia de 70 e 35 cm; e BRS Zuri de 80 e 40 cm. Após cada avaliação de altura de dossel, obteve-se a altura média, a qual foi subtraída da altura anterior e dividida pelo intervalo em dias entre as duas mensurações. Os dados foram agrupados para períodos de 30 dias que compuseram: 1º período (20/11/21 a 20/12/21), 2º período (21/12/21 a 20/01/22), 3º período (21/01/22 a 20/02/22), 4º período (21/02/22 a 20/03/22), 5º período (21/03/22 a 20/04/22) e 6º período (21/04/22 a 20/05/22). Dessa forma a TCV (cm/dia) para as cultivares do primeiro ao sexto período foram: BRS Quênia (0,76; 1,42; 2,09; 1,28; 0,55; 0,29); BRS Zuri (0,80; 1,19; 1,57; 0,96; 0,41; 0,41); Gatton Panic (0,70; 0,77; 0,83; 0,61; 0,42; 0,02); BRS Tamani (0,48; 0,92; 1,36; 0,88; 0,46; 0,35); e Aruana (0,82;1,13; 1,44; 0,97; 0,55; 0,37). No período total a BRS Quênia, BRS Zuri, Gatton Panic, BRS Tamani e Aruana apresentaram média de TCV, respectivamente de 1,065; 0,890; 0,558; 0,742; e 0,880 cm/dia. Essas respostas caracterizam o cv. BRS Quênia e Aruana como oportunidade de gerar até seis pastejos, BRS Tamani cinco vezes e as cultivares Gatton Panic e BRS Zuri passariam por pastejo quatro vezes. No período outonal e visando estender os ciclos de pastejo, destacam-se as cultivares Aruana e Gatton. Dessa forma conclui-se que as cvs. BRS Quênia e Aruana Panic são as indicadas para uso no planejamento forrageiro das unidades de produção agropecuária da região.