Portal de Eventos do IFRS, 7º SALÃO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO DO IFRS

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Monitoramento de cultivares da planta forrageira Megathyrsus maximus sob pastejo com lotação intermitente com bovinos leiteiros na região do Planalto Médio do Rio Grande do Sul
Joao Vitor de Oliveira Piccinini, Jorge Nunes Portela

Última alteração: 21-11-2022

Resumo


As cultivares da planta forrageira perene Megathyrsus maximus Jacq., possuem grande importância para a produção pecuária nos trópicos e sub trópicos, uma vez que permitem obter elevadas produções de forragens. Porém são plantas pouco conhecidas nos modelos de produção regional e existe a carência por laboratórios a campo que demonstrem a alunos, técnicos, professores e agricultores. Dessa forma, o objetivo da pesquisa foi possibilitar a vivência de alunos do IFRS Campus Sertão em conteúdo de disciplinas de Forragicultura e correlatas, avaliando características morfológicas, estruturais e produtivas da forragem manejada sob desfolhação com lotação intermitente. O protocolo experimental é composto por cinco cultivares, em um delineamento de blocos casualizado, totalizando 20 parcelas de 187,5 m2 (12,5 x 15 m) cada, com corredores de três metros longitudinais, destacando os blocos. As adubações seguiram as recomendações do Manual de Calagem e Adubação para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Em outubro de 2021, uniformizou-se as parcelas com uma roçada e aplicou 50 kg de N/ha e início o monitoramento das alturas avaliando-se a taxa de crescimento vertical do dossel (TCV) em cm/dia. As alturas de pastejos e de resíduos para as cultivares: Aruana, BRS Tamani e Gatton panic de 60 e 25 cm; BRS Quênia de 70 e 35 cm; e BRS Zuri de 80 e 40 cm. Após cada avaliação de altura de dossel, obteve-se a altura média, a qual foi subtraída da altura anterior e dividida pelo intervalo em dias entre as duas mensurações. Os dados foram agrupados para períodos de 30 dias que compuseram: 1º período (20/11/21 a 20/12/21), 2º período (21/12/21 a 20/01/22), 3º período (21/01/22 a 20/02/22), 4º período (21/02/22 a 20/03/22), 5º período (21/03/22 a 20/04/22) e 6º período (21/04/22 a 20/05/22). Dessa forma a TCV (cm/dia) para as cultivares do primeiro ao sexto período foram: BRS Quênia (0,76; 1,42; 2,09; 1,28; 0,55; 0,29); BRS Zuri (0,80; 1,19; 1,57; 0,96; 0,41; 0,41); Gatton Panic (0,70; 0,77; 0,83; 0,61; 0,42; 0,02); BRS Tamani (0,48; 0,92; 1,36; 0,88; 0,46; 0,35); e Aruana (0,82;1,13; 1,44; 0,97; 0,55; 0,37). No período total a BRS Quênia, BRS Zuri, Gatton Panic, BRS Tamani e Aruana apresentaram média de TCV, respectivamente de 1,065; 0,890; 0,558; 0,742; e 0,880 cm/dia. Essas respostas caracterizam o cv. BRS Quênia e Aruana como oportunidade de gerar até seis pastejos, BRS Tamani cinco vezes e as cultivares Gatton Panic e BRS Zuri passariam por pastejo quatro vezes. No período outonal e visando estender os ciclos de pastejo, destacam-se as cultivares Aruana e Gatton. Dessa forma conclui-se que as cvs. BRS Quênia e Aruana Panic são as indicadas para uso no planejamento forrageiro das unidades de produção agropecuária da região.

 


Palavras-chave


Desfolhação; Perene; forrageiro.

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