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Registrar, preservar e democratizar a história da saúde: A digitalização e construção dos catálogos virtuais do Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul
Clarice Montardo Machado, Marcelo Vianna

Última alteração: 21-11-2022

Resumo


Esse projeto foi elaborado pelo IFRS com apoio da Fapergs e tem como propósito preservar e divulgar o variado e rico acervo do Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul (MUHM), que conta com obras bibliográficas, documentos históricos (arquivísticos) e peças tridimensionais (museológicas). Em vista disso, tornou-se necessária a preservação desses materiais, por meio da catalogação (quando necessária), da seleção, da digitalização e da produção de materiais virtuais, em formato de catálogos, das obras consideradas de referência e raras. Por conseguinte, o foco do trabalho neste projeto foi a criação de uma série de catálogos virtuais, compostos das digitalizações realizadas do acervo documental e bibliográfico. Foram digitalizadas 627 obras, originando três catálogos descritivos organizados pela equipe do projeto: o primeiro contém as digitalizações do Hospital Beneficência Portuguesa com atas, relatórios, estatutos, regulamentos, contas bancárias, arrendamentos de sepulturas e documentos diversos como recibos e fotografias. O segundo catálogo é reservado para as obras bibliográficas consideradas raras, contendo os livros da Biblioteca Popular de Higiene, revistas de medicina do Rio Grande do Sul, e livros de medicina variados, como o "Formulário e Guia Médico" escrito em 1886 pelo renomado doutor polonês Pedro Luiz Napoleão Chernoviz, figura de destaque no Brasil imperial. O terceiro catálogo inclui as teses de autoria de médicos importantes para a história da medicina rio-grandense. Por fim, foi construído um catálogo fotográfico contendo imagens e descrições de peças do acervo tridimensional da instituição, com artefatos ligados ao cuidado da saúde e práticas da medicina, como o estetoscópio de Pinard (para audição de batimentos cardíacos de fetos), o escarificador (instrumento de corte para sangrias) e a máscara para inalação (para anestesias), objetos datados do final do século XIX e início do XX. Do ponto de vista institucional e histórico, a disponibilização dessas obras digitalizadas contribuirá para a conservação preventiva dos acervos originais, permitindo que pesquisadores e a população em geral possam conhecer, investigar e entender mais sobre os agentes sociais de época, seus saberes, seus instrumentos de trabalho e suas práticas, de modo a reforçar uma consciência histórica que contribua para a compreensão e busca por soluções de problemas de saúde atuais como por exemplo, a pandemia da Covid 19, iniciada em 2020.

 


Palavras-chave


Digitalização, preservação, história da medicina, museu

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