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O presente estudo desenvolve a análise de como as adolescentes se sentem validadas por pessoas externas, por intermédio da sociedade, levantando a ação das redes sociais, bem como, de relacionamentos afetivos amorosos e familiares. A pesquisa também aborda a temática da naturalização do preconceito e dos padrões de beleza pela sociedade. Ou seja, pode-se citar o exemplo de que se tornou algo natural ridicularizar corpos diferentes dos padrões estabelecidos pela sociedade. Assim, busca-se compreender as influências que o preconceito e os padrões de beleza apresentam na vida das jovens adolescentes, de 12 a 18 anos, da região serrana de Caxias do Sul e municípios arredores. O percurso metodológico baseou-se na leitura de materiais acadêmicos acerca do tema abordado, com destaque para o livro “Estigma” de Erving Goffman, além de que foi produzido e aplicado um questionário online destinado a adolescentes da região serrana para fins de coleta de dados. O questionário contou com 125 respostas anônimas e 10 voluntárias para a realização de entrevistas mais aprofundadas a respeito das vivências e experiências das jovens quanto a aplicação do preconceito e dos padrões de beleza na comunidade e em suas vidas pessoais. Os resultados obtidos, em primeiro momento, sugerem que as meninas estão constantemente se submetendo a processos arriscados que podem comprometer a saúde física delas, a fim de encontrar validação, seja esta por parte da sociedade ou de si mesmas. Pode-se citar como exemplo de determinadas ações, a realização de procedimentos estéticos, a mudança de suas dietas alimentares sem a supervisão de profissionais qualificados, além de alteração de seus corpos digitalmente com a adição de filtros e programas de edição gráfica, popularmente conhecidos como photoshop. Ademais, ressalta-se a forma com que a sociedade tornou banal/natural a busca por um corpo perfeito inexistente e o preconceito que as mulheres enfrentam diariamente. Um exemplo obtido, é as piadas frequentes com corpos nas escolas e na mídia, e principalmente a negligência quanto ao assédio que faz com que muitas mulheres acreditem que é algo comum e não há motivos para se preocuparem ou que não há como lutar contra. Atualmente, o projeto conta com um perfil no Instagram para fazer a apresentação do estudo, bem como a divulgação dos resultados obtidos para assim, ressaltar o preconceito e os padrões de beleza como obstáculos reais enfrentados pelas mulheres e buscar uma tentativa de tornar as redes sociais um ambiente mais acessível, acerca da temática abordada.

Preconceito; Padrões de Beleza; Naturalização;