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O trabalho tem como tema o financiamento popular para a agricultura familiar por meio de um projeto que surgiu em meio a pandemia de Covid-19, que alterou as estruturas formalmente constituídas no mundo todo. A entrada do MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, na bolsa de valores brasileira causou uma movimentação diferente nas instituições financeiras. No Brasil, as desigualdades sociais e econômicas se intensificaram, o desemprego aumentou consideravelmente e milhões de brasileiros que tinham empregos informais sofreram diminuição de renda. Esta crise sanitária foi maior nas comunidades de baixa renda. A principal motivação do trabalho são as indagações sobre o sistema econômico mundial, principalmente com a intensidade em que a pandemia se instalou e alterou as instituições dominantes. O Finapop (Financiamento Popular) captou R$17,5 milhões por meio de emissão de CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) para financiar sete cooperativas da agricultura familiar. O projeto demonstra sua relevância pois prioriza o investimento em projetos sustentáveis, o enfrentamento à pobreza e desigualdade social, por meio do financiamento para agricultura familiar e novas formas de negócios. Assim, o objetivo deste artigo é analisar o caso Finapop como uma nova forma de inovação social voltado para um consumo e investimento mais consciente. Com uma metodologia qualitativa, este estudo de caso único, tem formato de revisão teórica e por ser um projeto novo foram utilizadas notícias, sites e documentos secundários como referência e para as bases teóricas foram utilizados artigos científicos. Com base nos estudos foi possível realizar inicialmente uma associação da história da agricultura familiar com o MST, bem como relacionar o caso com algumas teorias tais como Inovação social, Negócios Sociais, Empreendedorismo social, financiamento popular, economia social e solidária. Sobre o Finapop podemos constatar que é um movimento de captação de recursos em que a ideia é financiar a agricultura familiar, sendo que o diferencial é que o investidor tem certeza de onde seu dinheiro está sendo aplicado, sabe o que está sendo financiado, diferente do que geralmente ocorre no mercado de capitais em que na grande maioria das vezes o investidor apenas espera o lucro, sem ao menos saber que tipo de negócio está investindo. Além disso, pequenos investidores puderam realizar este aporte, a partir de R$ 100,00, já era possível participar do Financiamento. Conclui-se que as instituições dominantes e os sistemas de mercado atuais foram fortemente impactados pela pandemia do Covid-19, as lentes teóricas analisadas refletem possíveis soluções para problemas sociais de forma efetiva, eficiente e sustentável, já que podem ser aplicadas no caso em estudo uma vez que o objetivo principal é o incentivo aos pequenos produtores, agricultura familiar e a valorização e empoderamento do seu trabalho.

https://youtu.be/7avun6avdYA