Última alteração: 16-11-2021
Resumo
A cultura do trigo é cada vez mais implementada visando ter um rendimento no período de inverno, se torna importante destacar a presença de plantas daninhas dentre elas o azevém que atualmente é o principal problema de inúmeras lavouras, isso por apresentar resistência ao herbicida glyphosate, também aos inibidores da enzima acetolactato (ALS) em praticamente toda região sul do Brasil. Restando para controle o grupo dos inibidores de acetil-coenzima-A Carboxilase (ACCase), principal alternativa química para manejo desta planta daninha. Devido ao alto uso do mesmo mecanismo de ação e semeadura consecutiva ano a ano do trigo principalmente, o surgimento de biótipos resistentes ocorre com maior frequência, com isso se objetiva a identificação de possíveis biótipos resistentes aos herbicidas inibidores de ACCase. A implantação do projeto ocorreu em estufa climatizada, através do delineamento experimental completamente casualizado, possuindo quatro repetições, os tratanetos utilizados foram dez doses do herbicida clethodim e dez doses do herbicida haloxifope-p-metílico sendo (0D; 0,125; 0,25D; 0,5D; 075D; 1D; 1,5D; 2D; 4D; e 8D), onde D correspondente a dose comercial recomendada. A fitotoxicidade dos biótipos a cada período de sete dias, sendo contabilizados dias após aplicação (DAA) e massa seca coletada aos quarenta DAA, foram os dados avaliados. Os resultados obtidos em relação ao herbicida clethodim dois biótipos (111 e 135) não se adaptaram a regressão usada para o cálculo de meia dose (C50), por isso não pertenceram a análise estatística, sendo que os mesmos foram controlados com doses baixas o que mostrou suscetibilidade. Dentre os biótipos estudados em relação ao clethodim, nenhum apresentou resistência tendo controle de 80% da população com doses abaixo ou igual as doses recomendadas, já para o herbicida haloxyfop foram identificados três biótipos com possível resistência ao herbicida, sendo eles os biótipos (22, 138 e 139), que possuem fator de resistência (FR) de 89; 19 e 36, respectivamente, tornando inviável o controle devido à alta dosagem necessária, os biótipos 111 e 135 são suscetíveis ao herbicida haloxyfop. O necessário é a verificação da herdabilidade, podendo ser caracterizada como um caso de resistência aos herbicidas. No local de coleta das plantas deve-se tomar o cuidado em realizar os manejos integrados visando diminuir o banco de sementes e evitar assim novos fluxos da planta daninha evitando a proliferação destes materiais.