O conforto térmico dos animais interfere diretamente na produtividade, animais jovens são sensíveis à baixa temperatura devido ao seu sistema termorregulador estar em desenvolvimento. Os filhotes de coelhos, chamados de láparos, nascem sem pelos em uma estrutura de madeira denominada ninho. Para manter a temperatura corporal o recém-nascido depende do leite materno, do pelo retirado das mamas pela coelha, palha acrescentada no ninho, do agrupamento dos filhotes e da temperatura ambiente. Na primeira semana a temperatura para sobrevivência é de 28 a 35º C. Acredita-se que um ninho térmico para coelhos reduza a mortalidade de filhotes de coelhos e melhore o desempenho ao desmame e ao abate. O objetivo deste trabalho é criar e selecionar o melhor conceito de ninho térmico para filhotes de coelhos, observando as necessidades dos clientes. O desenvolvimento do produto iniciou com pesquisa de mercado e conversas com cunicultores/especialistas da área buscando entender suas necessidades, os dados obtidos originaram os requisitos dos clientes que foram classificados através do diagrama de Mudge e convertidos em especificações do projeto finalizando a fase de projeto informacional. A criação de conceitos foi realizada a partir das especificações do projeto, considerando o nível de importância de cada requisito classificado pelo Diagrama de Mudge. O projeto virtual dos conceitos foi criado na plataforma CAD (Computer-Aided Design) Cloud Onshape, permitindo a colaboração da equipe de projeto. Finalizamos com a geração de dois conceitos diferenciados basicamente pelo processo de fabricação e material, após a equipe de projeto avaliar a funcionalidade, o custo, facilidade de fabricação e compatibilidade com os produtos fornecidos pela empresa Ecoterm, a qual especificou os componentes térmicos do ninho. O conceito de polímero produzido por prototipagem rápida foi descartado em decorrência do custo do material e da produção. O conceito selecionado utiliza  madeira em virtude do isolamento térmico e facilidade de fabricação possibilitando a produção pelo próprio cunicultor, o sistema de aquecimento será  fornecido pela empresa Ecoterm e montado no ninho. O conceito está na fase de produção dos protótipos físicos, os quais serão testados em bancada para avaliação da eficiência e segurança, após aprovação será avaliado na criação de coelhos do IFRS Campus Ibirubá.