Os espaços makers surgem a partir da vontade e necessidade das pessoas de construir, consertar, modificar e produzir objetos por conta própria, propiciando uma abordagem mais ampla e pessoal dos problemas, despertando autonomia e criatividade. É um lugar onde projetos podem ser arquitetados e confeccionados de forma rápida e barata, auxiliando os alunos a colocar teoria em prática no desenvolvimento das suas atividades discentes com o objetivo de estimular a criação de novas tecnologias ou produção de recursos didáticos, como peças e jogos que possam ser utilizados como objetos de aprendizagem. A partir dessa premissa, no ano de 2020 foi implementado o espaço PIPA IFmakeRS, no Instituto Federal de Ciência e Tecnologia campus Bento Gonçalves (IFRS), como uma proposta interdisciplinar que articula ações de ensino, pesquisa e extensão, utilizando a cultura maker como fio condutor, seja em termos de princípios metodológicos ou estratégias de ação. A escolha do nome do projeto reflete a discussão e a pluralidade do grupo e da proposta. O termo “pipa” faz uma referência direta à cultura local e aos princípios orientadores do projeto: pesquisar, inovar, prototipar e aprender. Buscando o estímulo à criatividade e à geração de ideias, a interdisciplinaridade, a ideação, o compartilhamento de projetos e o desenvolvimento da cultura do “faça você mesmo”, colocando o discente na posição de protagonista da construção do próprio saber. Apesar das limitações da pandemia, o espaço tem sido utilizado pelos alunos e já apresenta resultados promissores, os quais demonstram o engajamento dos estudantes por metodologias ativas de ensino, partindo do interesse pela execução da criação. Foram criados no espaço PIPA IFmakeRS materiais didáticos, tutoriais para utilização dos equipamentos e objetos de uso geral.