A polinização de plantas por animais é uma cooperação de extrema relevância, visto que ambos são beneficiados nesta ação, podendo ocorrer intensa dependência biológica. No Brasil, as abelhas são as principais responsáveis pela polinização de espécies nativas e cultivadas. O presente estudo objetivou mostrar a importância das abelhas polinizadoras para a conservação dos ecossistemas naturais e para as culturas agrícolas, bem como para a geração de renda à agricultura familiar. Inicialmente foram pesquisados os modelos de colmeias disponíveis para abelhas nativas e quais espécies de abelhas nativas seriam mais adequadas para implantar colmeias no Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) – Campus Sertão. Posteriormente, foi elaborado e ministrado um minicurso para formação docente, na XIX Semana Municipal de Meio Ambiente - Unidades de Conservação: da natureza para a comunidade e no XVIII Fórum Regional de Meio Ambiente de Erechim, organizados, em parceria, pela Prefeitura Municipal de Erechim e pelo IFRS − Campus Erechim. Dentre as espécies nativas, foi optado pela espécie Tetragonisca angustula (jataí), devido às vantagens: fácil manejo; rusticidade; grande facilidade para construir ninhos e sobreviver a diversos ambientes, inclusive em zonas urbanas; e sua alta produção anual de mel, podendo ultrapassar 1 kg por colmeia quando bem manejada. Considerando os modelos de colmeias disponíveis, optou-se pelo uso do modelo de caixa - AF inteligente (flamboyant), proposto pelo meliponicultor Ailton Fontana, desenvolvido especialmente para criação de abelhas jataí. A caixa consiste em uma estrutura vertical, sendo internamente organizada em cinco gavetas, contendo ninho, sobreninho e melgueiras. Este modelo visa facilitar a divisão dos enxames e a coleta do mel. Para divulgar o conhecimento produzido foi ministrado o minicurso “Atividades artísticas e lúdicas como forma de aproximação da natureza: jardins sensoriais e abelhas nativas”. No minicurso, foram abordados: a importância das abelhas para a manutenção dos ecossistemas naturais e cultivados; diferenças entre abelhas nativas sem ferrão e Apis mellifera; castas (rainha, zangão e operária) e fases de vida das abelhas (ovo, larva, pupa e adulta); alimentação das abelhas e pasto apícola; modelos de colmeias; confecção e uso de iscas para captura de abelhas; e manejo das abelhas. Os docentes tiveram a oportunidade de conhecer as espécies mais utilizadas na meliponicultura e também receberam orientações para implantação de jardins sensoriais e meliponários didáticos em suas instituições.

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