Última alteração: 22-11-2021
Resumo
Fatores bióticos e abióticos, como doenças e granizo, respectivamente, podem reduzir a área foliar fotossinteticamente ativa ou remover o ápice caulinar impactando no potencial produtivo dos cultivares modernos de soja. Diante disso, o objetivo do presente projeto foi avaliar características agronômicas e o rendimento de cultivares de soja (DM53i54 IPRO, Zeus IPRO, Lança IPRO, DM5958 IPRO e Delta IPRO) após a remoção da dominância apical em distintos estádios fenológicos (V2, V4 e V6). O experimento foi conduzido na área agrícola do IFRS Campus Ibirubá, em delineamento de blocos casualizados, com 3 repetições. Na parcela experimental, composta por 3 linhas, espaçadas entre si em 0,45 m, por 3 m de comprimento, na linha central foram avaliados: número de nós da haste principal, número de ramificações por planta, comprimento médio das ramificações, altura de inserção do primeiro legume, número de legumes nas ramificações, número de legumes por planta, número médio de grãos por legume, número de grãos por planta, peso de mil grãos (PMG) e rendimento de grãos, com umidade corrigida para 13% de umidade. Tais resultados foram submetidos ao teste F (p<0,05) e quando houve interação, as médias dos dados qualitativos foram comparadas pelo teste de Tukey (p< 0,05). Diante do estudo realizado, foi possível observar que, de modo geral, os cultivares DM53i54 IPRO e DM5958 IPRO foram prejudicados pela remoção de dominância. Para o cultivar Zeus IPRO, a remoção de dominância em V2 aumentou levemente o rendimento de grãos, isso devido ao PMG ser mais elevado e o número de grãos ser semelhante entre a testemunha e o tratamento discutido. No cultivar Lança IPRO, observou-se acréscimo de rendimento com o tratamento de remoção de dominância em V6, pelo significativo aumento do PMG e do número de grãos por planta. O cultivar Delta IPRO, quando em remoção de dominância em V4 apresentou aumento no rendimento, devido ao aumento no número de grãos e no PMG. É importante ressaltar que cada cultivar expressou-se de maneira distinta frente aos tratamentos, isso porque tratavam-se de materiais genéticos diferentes e ainda, a cultura da soja, apresenta plasticidade compensatória.