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Monitoramento da ferrugem-asiática da soja
Vitor Rissardi, Rafael Roberto Dallegrave Negretti, Ricardo Luis dos Santos, Victor Cruz Peres, Marcelo de Carli Toigo

Última alteração: 10-11-2021

Resumo


A ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi), doença fúngica, é considerada uma das mais relevantes no contexto econômico e agronômico, uma vez que há registros de perdas variando de 10% a 90%, em diferentes regiões do Brasil. O fungo pode completar seu ciclo na cultura em 6 a 9 dias, a depender das condições ambientais. Para germinar e penetrar na planta, necessita de molhamento (mínimo de seis horas) e temperatura entre 8 e 28º C (ótimo entre 18 e 26,5º C). Para observação dos sintomas deve-se fazer o monitoramento da doença nas lavouras com auxílio de lupa coletando e observando folhas e verificando se há sintomas e estruturas do fungo causador da ferrugem. Outra maneira de realizar o monitoramento é utilizar coletores de esporos, que permitem confirmar a presença do patógeno, disseminado pelo vento, antes do desenvolvimento dos sintomas. A detecção de esporos associada às condições ambientais pode indicar o momento assertivo de realizar aplicação de fungicida para combater a doença. Diante disso, o objetivo deste trabalho é avaliar a eficiência do coletor de esporos na detecção da chegada dos primeiros uredosporos do fungo na lavoura de soja. A unidade de monitoramento (UM) da ferrugem-asiática será instalado em lavoura  comercial de soja pertencente ao Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA), Centro de pesquisa de Vacaria-RS. A semeadura da soja está prevista para novembro de 2021. Será utilizado o coletor de esporos adaptado de Igarashi 1986, com um tubo alongado e cilíndrico de PVC acoplado nessa haste. No interior do tubo há um suporte para instalação de uma lâmina de vidro na qual é colado um pedaço de fita adesiva dupla face onde os uredosporos ficarão aderidos. O monitoramento terá início 30 a 40 dias após a emergência da cultura. O coletor permanecerá posicionado cerca de 40 cm a 50 cm acima do dossel da cultura. A leitura das lâminas é realizada uma vez por semana em microscópio óptico, por meio de varredura da fita adesiva. A identificação de estruturas de P. pachyhrizi ocorre por meio da comparação da lâmina do coletor com lâminas montadas com esporos oriundos de plantas com sintomas. A troca e a análise das lâminas serão feitas até o estádio R6 (final do enchimento do grão da soja). O trabalho encontra-se em fase de desenvolvimento. O fim do ciclo da soja está previsto para março/abril de 2022.


Palavras-chave


Phakopsora pachyrhizi. Uredosporos e manejo integrado.

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