O aumento da produtividade agrícola está atrelado a uma série de fatores, entre estes a semeadura da cultura, pois problemas nesta etapa irão comprometer o desenvolvimento inicial, que por sua vez irá prejudicar o rendimento das culturas. Dentre os inúmeros fatores influentes nessa etapa, citamos o tipo de dosador, a velocidade de semeadura, formato e tamanho da semente e a presença de grafite. Contudo, nesta área há uma carência de pesquisas que relacionem tais parâmetros e nesse sentido o objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência da velocidade de semeadura, do tipo de anel dosador e uso ou não de grafite na uniformidade de semeadura. O projeto foi instalado na área experimental do IFRS Campus Sertão. Originalmente o projeto utilizaria um delineamento em blocos ao acaso com esquema trifatorial (3 x 2 x 3), tendo com fator 1 a velocidade de semeadura (4, 6 e 7,2 km h^-1), fator 2 o tipo de anel dosador (liso e ondulado) e o fator 3 o uso de grafite (0, 100% e 150% da dose recomendada), entretanto, em função da pandemia devido ao Covid-19, e as consequentes restrições de entrada no Campus e de número de pessoas, optou-se em suprimir o anel ondulado do fator 2 (já mapeado com desempenho inferior em experimento prévio anterior), assim tornando-se um bifatorial (3 x 3), em delineamento em blocos ao acaso. Foram realizadas 3 repetições para cada tratamento. Como variáveis-resposta foram quantificados: índice de velocidade de emergência, coeficiente de variação longitudinal da distribuição de sementes, eficiência de distribuição de sementes e os componentes de rendimento da soja. A velocidade operacional de 6 km h^-1 apresentou os melhores resultados para todas variáveis estudadas.  O aumento da dose de grafite influência positivamente nos parâmetros coeficiente de variação, espaçamentos múltiplos e aceitáveis, entretanto, não repercute no aumento da produtividade. A combinação da velocidade de 6 km h^-1 e 0% ou 100% da dose recomendada de grafite apresentam as melhores respostas produtivas do estudo.