O manejo de doenças depende de sua correta identificação, do entendimento de seu ciclo e do conhecimento das formas de manejo disponíveis. A cultura do trigo é atacada constantemente pela ferrugem da folha (Puccinia triticina). A ferrugem da folha de ocorrência mais comum, é observada em praticamente todos os anos de cultivo entre os cultivares susceptíveis. Estima-se que a redução de rendimento devido à ferrugem da folha seja em torno de 63% do potencial produtivo sendo que em anos de epidemias severas onde não ocorre controle de forma adequada, as perdas podem ser maiores. O uso de cultivares resistentes é a medida preferencial de controle. Para isso, é necessário identificar genótipos de trigo que possuem genes de resistência, para então, utilizá-los em programas de melhoramento genético e obtenção de variedades que possuem resistência a ferrugem. O objetivo do trabalho é monitorar o início da epidemia da ferrugem da folha do trigo na região de Vacaria e assim, avaliar a reação de resistência ou sucetibilidade nos genótipos componentes da coleção. O trabalho está sendo realizado no Centro de Pesquisa pertencente ao Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) unidade de Vacaria. No ano de 2021 a coleção foi composta por 135 genótipos de trigo, centeio e cevada. Cada um dos 135 genótipos componentes da coleção, foi semeado em duas linhas de 1 metro devidamente identificadas, espaçadas 20 cm entre si e uma linha em branco separando cada genótipo. A semeadura foi realizada no dia 25/07/2021 em local distante da aplicação de fungicidas para que seja possível a visualização da doença. Será monitorado o surgimento das primeiras pústulas na testemunha suscetível. Na fase de espigamento, de acordo com a escala Zadoks 55, será avaliado a severidade e o tipo de infecção na folha bandeira. Serão coletadas amostras de ferrugens com as folhas ainda verdes com alto nível de infeção. Após as coletas, as amostras ficarão em torno de cinco dias em temperatura ambiente, para reduzir a umidade. Após a “secagem” as amostras serão enviadas para a Embrapa trigo para posterior estudo do patógeno. O trabalho encontra-se em fase de desenvolvimento. O fim do ciclo dos genótipos que compõem a coleção está previsto para novembro de 2021.