Portal de Eventos do IFRS, 6º SALÃO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO DO IFRS

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Princípios de mapeamento e catalogação taxonômica da fauna e flora do Parque Natural Municipal Saint Hilaire: um estudo de viabilidade para ecoturismo.
Carlos Henrique Vaz Machado, Denirio Itamar Lopes Marques, Gabriela Martins Gageiro, Mauricio Soares da Costa, Rosane Serpa

Última alteração: 15-12-2021

Resumo


Resumo

Esta pesquisa em desenvolvimento apresenta dados parciais sobre a biodiversidade encontrada na Unidade de Conservação (UC) Parque Natural Municipal Saint Hilaire (PNMSH), localizado no município de Viamão, RS. O PNMSH é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral que acomoda nascentes da foz do Arroio Dilúvio que se acrescentam à Represa Lomba do Sabão, dando origem ao ecossistema da UC e abrigando grande diversidade e riqueza biológica. Em sua territorialidade, existem algumas trilhas e, dentre elas, a Trilha da Coruja. Assim, o trabalho visa mapear a fauna e a flora e criar a classificação taxonômica dessa trilha. A motivação para o projeto surgiu da necessidade de compreensão da ocorrência e da diversidade das espécies da localidade e tem como propósito intensificar a sua preservação. Como etapas metodológicas iniciais ocorreu uma reunião com a Gestão da UC e a realização de duas saídas de campo com duração de três horas por percurso nos meses de agosto e setembro de 2021. Na primeira saída de campo, o percurso realizado foi cerca de 3 quilômetros dentro de uma área de 189.992,6 m², onde os pesquisadores realizaram observações de pontos estratégicos com maior ocorrência de vasculares (gimnospermas, angiospermas e pteridófitas) e possíveis locais de ocorrência de tetrápodes. Durante a segunda saída de campo foi possível pré-determinar os pontos-chaves de ocorrências de espécies tetrápodes como o registro do Ratão do banhado (Myocastor coypus). Coordenadas – 30º05’14.69”S 51º06’08.57”O assim como espécies de briófitas e liquens ainda não classificados nas coordenadas 30º05’23.11”S 51º06’04.39”O e espécies de monocotiledôneas da família arecaceae como o Butia capitata parcialmente registrado com distribuição aleatória. A partir de um levantamento de dados para registro de espécies que será realizado com armadilhas fotográficas, registro de pegadas e fezes será criado um inventário preliminar para classificação taxonômica e posterior acervo de informação fornecido à gestão da UC que poderá confeccionar placas informativas a serem distribuídas em diferentes e específicos pontos da trilha. As informações serão disponibilizadas também com o uso da tecnologia de QR Code, ampliando a interação e estimulando o interesse do público, sobretudo o jovem. Dados parciais desta pesquisa apontam que a implantação de uma trilha interpretativa traz um diferencial que agrega às escolas em seus serviços educacionais aspectos convidativos e inovadores que aproximam homem e natureza e com isso pode-se despertar na comunidade educacional a discussão sobre a teoria do antropocentrismo versus a teoria da ecopedagogia por meio de atividades de conhecimento dos pontos de paradas estratégicas, onde serão encontradas as espécies-chaves ou o registro de ocorrências das mesmas, apresentando informações detalhadas e sua relevância acadêmica e ambiental. Estima-se consolidar valores científicos e culturais, conhecimento geral da biodiversidade, associando-os aos demais componentes curriculares e permitindo o início de um processo de ensino e aprendizagem interdisciplinar.

 


Palavras-chave


Espécies Sentinelas. Trilhas Interpretativas. Educação Ambiental.

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