Última alteração: 16-11-2021
Resumo
O câncer é um problema de saúde pública mundial, e já está entre as quatro principais causas de morte prematura. Entre os tumores mais prevalentes e de alta gravidade que acometem a população feminina está o câncer de mama e o câncer de colo do útero. Atualmente os tratamentos disponíveis ainda apresentam limitações como altos custos, inúmeros efeitos adversos e influência na qualidade de vida dos pacientes. Torna-se oportuna a proposição de pesquisas envolvendo novas rotas tecnológicas, com propostas de novos tratamentos. A prata é um dos metais mais utilizados em estudos sobre sintetização e aplicação de nanopartículas metálicas como antibacterianos, antifúngicos ou antitumorais. Nanopartículas metálicas podem ser obtidas por métodos físicos, químicos (utilizando solventes tóxicos) e via química verde. A utilização de extrato de plantas (química verde) como rota para obtenção de nanopartículas é possível, pois os compostos fitos químicos como cetonas, aldeídos, amidas e ácidos carboxílicos presentes, realizam o processo de redução ou reação de oxidação, resultando na formação das nanopartículas. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho consistiu em uma revisão bibliográfica sobre a obtenção e aplicação das nanopartículas de prata utilizando extratos naturais em células tumorais. As técnicas de redução mediadas pelo uso de extratos de plantas se apresentam como uma nova rota para obter compostos nanoparticulados. Os mecanismos de ação das nanopartículas nas células cancerosas são a apoptose celular, necrose e morte que podem ser induzidas pela ação dos compostos utilizados na redução das nanopartículas associados as propriedades já conhecidas das nanopartículas metálicas. A sinergia formada pelas propriedades da prata e a dos compostos naturais podem gerar perspectivas promissoras para o tratamento do câncer e/ou de várias outras doenças que acometem a humanidade.