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A REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA INFORMÁTICA ATRAVÉS DOS OLHOS DA IMPRENSA DOS ANOS 1970 E 1980
Iris Debastiani de Mello, Marcelo Vianna, Gabriela Dadda Bittencourt

Última alteração: 12-01-2021

Resumo


No princípio dos anos 80 os microcomputadores chegam no mercado brasileiro, em um contexto de busca por uma Política Nacional de Informática que visava assegurar ao país uma autonomia tecnológica. Com isso, muitos grupos sociais se mostraram interessados em conhecer as novas tecnologias que chegavam. Com o intuito de uma aproximação usuário e computador surgem as revistas e jornais especializados em microinformática, esses traziam diversos conteúdos, como matérias, códigos de programas e até cartuns. Mas como se dava a leitura de um assunto tão novo? Quais os artifícios da imprensa para uma melhor leitura? Para responder essas questões, o objetivo de nossa pesquisa é analisar a relação entre texto e imagem nos veículos de comunicação de informática do final dos anos 1970 e início dos anos 1980 a fim de compreender como a imprensa ilustrava à computação. Além disso, perceber as mudanças que ocorrem na comunicação gráfica ao longo do tempo e como isso influencia em nossa percepção. Para isso, realizamos a pesquisa bibliográfica em revistas (Micro Sistemas, Microhobby, MicroMundo, Dados e Ideias) e jornais (Jornal do Brasil, Estadão, O Globo) da época, analisamos imagens como ilustrações, charges, tirinhas, montagens e propagandas que retratam o microcomputador e demais tecnologias digitais relacionadas que começavam a se popularizar na época. Os dados extraídos são organizados em planilhas, as imagens salvas em nosso acervo digital e classificadas conforme seu conteúdo e outros dados significativos: data de publicação, edição, seção e página, descrição breve, autor, tipo, temática e cor. Como resultados iniciais, procedemos a análise de 40 edições entre revistas e jornais, coletamos ao todo uma amostra de 30 imagens que possibilitam uma leitura rápida e objetiva de como a imprensa representava a chegada dos microcomputadores. A maior parte das figuras demonstram empolgação, curiosidade, eficiência e até mesmo medo dos avanços que a tecnologia demonstrava, afinal era uma novidade nunca vista antes, essas máquinas seriam os primeiros computadores pessoais e é perceptível que a sociedade estava curiosa e receosa quanto às proporções que a tecnologia tomava. A pesquisa em questão traz um caráter inovador no âmbito imagem, tecnologia e sociedade pelo fato de inovar a forma de pesquisa através da análise de gravuras do período, algo que não é visto com frequência. Assim, demonstrando de uma forma clara e profunda a relação que começava a surgir entre humanidade e máquina, o que hoje em dia não conseguimos desvencilhar de nosso cotidiano.


 


 

 


Palavras-chave


Imprensa. Linguagem pictórica. Informática.

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