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AVALIAÇÃO DE SINTOMAS DEPRESSIVOS DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19 EM ESTUDANTES DO IFRS CAMPUS ALVORADA
Raira Da Silva Fittél, Cristiane Silva Esteves, Irani Iracema de Lima Argimon, Lucas Remião Sampaio, Priscila Silva Esteves

Última alteração: 06-01-2021

Resumo


A pandemia do COVID-19 é a uma emergência de saúde pública. O distanciamento social por ela provocado pode causar impactos na saúde mental, desencadeando sintomas como ansiedade, medo, raiva, estresse e depressão. A depressão é um sofrimento psíquico que possui causas multifatoriais, e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, acomete mais de 300 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, esse número chega a 11,5 milhões de indivíduos, o que corresponde a cerca de 5,8% da população brasileira. As mudanças que as pessoas tiveram que fazer em suas rotinas para reduzir a contaminação e também a disseminação do novo Coronavírus, podem causar impactos no bem-estar psicológico e na saúde mental. Diante disso, o presente projeto objetivou investigar, de forma quantitativa e transversal, a prevalência de sintomas depressivos entre os alunos do IFRS Campus Alvorada durante o período da pandemia do COVID-19. Os participantes responderam a um questionário online autoaplicável, com os seguintes instrumentos: “Ficha de Dados Sociodemográficos”, Critério de Classificação Econômica Brasil” e “Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21)”, para avaliar sintomas depressivos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do IFRS e possui autorização do IFRS Campus Alvorada para a sua realização. Até o momento, foram analisadas as respostas de 98 participantes. A média de idade foi de 26,9 anos, com idades variando entre 15 e 61 anos. A maioria dos estudantes é do sexo feminino (80,6%), encontra-se solteiro(a) (79,4%) e não possui filhos (62,2%). Ainda, observa-se que 43,9% dos alunos moram em rua revestida por terra ou cascalho e 6,1% utilizam água proveniente de poço ou nascente. Conforme a Classificação Critério Brasil, a maioria encontra-se classificada como B2 (32,9%) e C1 (31,5%). Em relação à depressão, identificou-se que 65,4% apresentaram sintomas mínimos/leves, 20,4% moderados e 14,3% graves. Com isso, sugere-se que o distanciamento social, provocado pela pandemia do COVID-19, interfere de forma negativa na saúde mental dos alunos do IFRS Campus Alvorada, influenciando na alta incidência de sintomas de depressivos. Assim, torna-se imprescindível que medidas sejam adotadas por parte dos professores e de toda a comunidade acadêmica, visando a redução dos impactos negativos psicológicos provocados pela pandemia. Além disso, é importante a capacitação desses profissionais para poderem atuar na identificação e prevenção de sofrimento psíquico dos alunos.


Palavras-chave


Sintomas Depressivos. Estudantes. Pandemia.

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