Última alteração: 11-01-2021
Resumo
A intensificação do processo de globalização na década de 1990 permitiu ao Brasil a diversificação de parcerias comerciais, bem como a ampliação do mercado consumidor do país. Sendo assim, a especialização asiática na fabricação de produtos manufaturados abriu espaço para a importação de insumos básicos brasileiros. Neste processo, a China demonstrou-se como um mercado de alto crescimento, sendo um importante fornecedor e consumidor de produtos do Brasil. Desta forma, a Parceria Estratégica Sino-Brasileira foi firmada em 1993, aprofundando as relações bilaterais entre ambas as nações. Dada a importância da China para o panorama mundial, tanto por conta de sua relevância econômica, quanto por ser uma alternativa civilizacional justifica-se a realização deste projeto. A relação diplomática entre Brasil e China são fundamentadas no princípio de não intervenção e no respeito mútuo quanto à soberania dos respectivos países, além da busca por objetivos em comum, o que acarretou em inúmeros projetos, como o Programa CBERS para a construção de satélites. O crescimento econômico chinês ao longo das décadas de 1990 e 2000 e o seu avanço na indústria e inovação, conjuntamente com a grande capacidade produtiva do agronegócio brasileiro, propiciou o terreno para uma grande parceria entre as duas nações a partir dos comércios das nossas commodities. Tal fluxo comercial levou a China a corresponder desde 2010 como maior parceiro comercial do Brasil. A pesquisa em questão tem como objetivo geral determinar as principais fases do relacionamento entre o Brasil e a China no decorrer dos anos, outrossim apresenta como objetivo específico analisar a evolução das relações comerciais bilaterais. A presente pesquisa é do tipo qualitativa de abordagem exploratória que se encontra realizando pesquisas com consulta a fontes secundárias, como artigos científicos, estatísticas comerciais e materiais de imprensa e veículos de notícia. Na análise, foi possível estimar que as relações entre o Brasil e a China são pautadas pelo comércio e demonstram tendência à reprimarização da pauta de exportação por parte do Brasil, enquanto que da China são importados produtos de maior complexidade tecnológica. Ainda, estabeleceu-se que o Brasil e a China relacionaram-se em distintas fases podendo estas serem descritas como tendo ocorrido nos períodos imperial e militar para além das distinções ocorridas dentre os mandatos de Itamar, FHC, Lula e Bolsonaro.