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ANÁLISE COMPARATIVA DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E ECONÔMICA DO ARROZ ORGÂNICO, EM TRANSIÇÃO ECOLÓGICA E CONVENCIONAL NA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE
Carlos da Silva Freitas, Claudio Fioreze

Última alteração: 04-02-2021

Resumo


O presente trabalho tem como objetivo suprir a necessidade de dados técnicos comparativos da produção convencional em relação àquelas orgânicas ou em transição agroecológica, haja vista a cultura extremamente produtivista e economicista reinante. A produção de base ecológica busca a plena sustentabilidade, com um fluxo de matéria e de energia de modo que os recursos naturais possam continuar cumprindo seus papéis ecossistêmicos. Assim, faremos todo o levantamento de dados específicos de custos de produção relacionados ao trabalho na lavoura, do uso de insumos, de recursos hídricos e energéticos, das retiradas de produção, do consumo intermediário e de impactos no ambiente. Especificamente, pretende-se avaliar fluxos energéticos decorrentes dos sistemas de produção orgânicos tradicionalmente adotados (pré-germinado, com pousio e considerável aporte de adubos orgânicos externos), comparando com sistemas de produção diversos, desde os convencionais até as novas tecnologias de produção de base ecológica a serem implantadas pelo PEPABE (Programa Estadual de Produção de Arroz de Base Ecológica). Para a realização dos estudos foram feitas várias pesquisas bibliográficas, as quais socializadas em reuniões semanais com professores, extensionistas, pesquisadores e bolsistas dos Projetos Nexus e EcoViamão, com destaque à contribuição de instituições como a UFRGS, EMATER, IRGA, IFRS, UFSM e Grupo Gestor do Arroz do MST na Região Metropolitana de Porto Alegre. Para a coleta e sistematização dos dados, utiliza-se uma planilha adaptada do método de “Análise e Diagnóstico dos Sistemas Agrários” (ADSA). Feita a identificação e seleção das unidades experimentais dentro das formas de cultivo a serem estudadas, realizamos então algumas saídas de campo para entrevistar os agricultores na sede de seus estabelecimentos, visando o melhor entendimento de todas as suas práticas. Na sequência são coletados dados daquilo que o produtor investe no ciclo de um ano agrícola e quanto há de retorno econômico no final do mesmo, bem como quanto se retribui ao ecossistema nas suas práticas de manejo. Com o resultado deste levantamento, faremos a demonstração a cada produtor, mantendo o sigilo da pesquisa, do quanto houve de eficiência energética e econômica no seu trabalho. Nossa intenção ao final do estudo é demonstrar um panorama onde o balanço econômico obterá indicadores sobre quais alternativas apresentam maior margem financeira pela agregação de valor e pela redução de custo (relacionado com a produtividade) e, no balanço “emergético” indicar-se-á quais os sistemas de cultivo que apresentaram menor dependência de recursos externos e, enfim, maior sustentabilidade ambiental.

 


Palavras-chave


Arroz. Economia. Energia.

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