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CURVA DE DOSE RESPOSTA DE DICLORETO DE PARAQUATE EM BUVA ORIUNDA DE MULITERNO-RS COM SUSPEITA DE RESISTÊNCIA
Ana Paula Hahn, Anderson Luis Nunes, Júlia Loss Ribas, Alisson Matias Hahn, Leonardo Frosi, Felipe Bagnara

Última alteração: 05-01-2021

Resumo


A buva (Conyza spp.) é a principal planta daninha da cultura da soja, podendo causar perdas de produtividade e qualidade devido à competição exercida por recursos limitados do ambiente como água, luz e nutrientes. Atualmente, a resistência da buva a herbicidas é considerada um sério problema para manejo, com diversas populações apresentado resistência ao glyphosate e a outros herbicidas como 2,4-D, diuron, saflufenacil e paraquat. O surgimento de biótipos resistentes ocorre em sua maioria em áreas onde há o uso repetido de herbicidas com o mesmo mecanismo de ação, favorecido pelo uso de sub-doses ou altas doses de um herbicida. O objetivo deste trabalho foi identificar a ocorrência de um biótipo de buva com resistência ao paraquat no Estado do Rio Grande do Sul através de curva dose resposta. O experimento de curva dose resposta foi conduzido em casa de vegetação em delineamento experimental completamente casualizado com quatro repetições. As plantas de buva oriundas do município de Muliterno-RS e Sertão-RS, foram alocadas em vasos com capacidade de 2000 mL, contendo solo e substrato tipo turfa (TNGOLD®) na proporção de 2:1 respectivamente. A curva dose dose resposta para o herbicida dicloreto de paraquate foi realizada em biótipo suscetível e com suspeita de resistência, usando   11 tratamentos do herbicida dicloreto de paraquate (0D; 0,125; 0,25D; 0,5D; 1D; 1,5D; 2D; 4D; 8D, 16D e 32D), do herbicida sendo D a dose recomendada do produto comercial (400 g de i. a. ha-1). A aplicação foi realizada com pulverizador costal pressurizado a CO2, na altura de 50cm acima do alvo, com um volume de aplicação de 200L ha-1. O porte das plantas em média 20 cm, as avaliações realizadas foram fitotoxicidade dos biótipos aos 28 DAA e massa seca coletada aos 50 DAA. Os dados foram submetidos a análise de variância, e quando significativos foi empregado a regressão, com modelos não lineares de curva dose-resposta no programa estatístico SIGMA PLOT 12.5. Os resultados de controle indicaram que o biótipo de Muliterno-RS apresentou resistência ao herbicida dicloreto de paraquate. Os valores de C50 foram 2789,0 e 168,5 g i.a. ha-1. Para o biótipo resistente e suscetível respectivamente. A confirmação da resistência da buva ao dicloreto de paraquate deve servir de alerta aos produtores do RS, especialmente na adoção de medidas que impeçam a disseminação, a adoção de manejos integrados visando diminuir a proliferação do biótipo e controle satisfatório da planta daninha.

Palavras-chave


controle, planta daninha, superdosagem

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